Quinta-feira, 24 de agosto de 2023 - 10h03
A
carne suína produzida no país passa por várias etapas de produção até chegar à
mesa da população.
O Brasil é um importante produtor de carne suína. De acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são cerca 5 milhões de
toneladas anuais de uma proteína saudável e de alta qualidade. Mas o processo é
longo e o desafio começa nas granjas com o manejo, os cuidados com a saúde e a
nutrição.
De acordo com a Central de Inteligência de Aves e Suínos
(CIAS), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Suínos e Aves,
uma tendência crescente em termos de alimentação animal está relacionada à imunonutrição,
isto é, o fornecimento de nutrientes específicos (imunonutrientes) via dieta do
animal, com o potencial de modular a atividade do sistema imune.
Os imunonutrientes podem alterar diretamente a resposta
pró-inflamatória, por meio do reconhecimento das células intestinais ou
proporcionar condições entéricas para a expressão indireta dessa resposta, seja
através da modulação da microbiota intestinal, seja por produtos da fermentação
bacteriana que ocasionam uma reação do sistema imune. São considerados
imunonutrientes: aminoácidos (glutamina, arginina, cisteína, taurina),
nucleotídeos, lipídios (ômega-3 e ômega-6), vitaminas e minerais (vitaminas A,
C e E, zinco e selênio), além dos probióticos, prebióticos, ácidos orgânicos,
extratos vegetais, entre outros.
Um grupo muito especial de imunonutriente, extremamente importante
e funcional são as β-glucanas, que podem ser encontradas de diversas
formas em alguns alimentos, porém para apresentar atividade funcional
imunomodulatória deve estar na forma β,1-3 e β,1-6, sendo encontrada
principalmente na parede celular das leveduras. As β-glucanas são
conhecidas por seus benefícios à saúde, como melhoria da função imunológica,
importante para a saúde dos animais.
Por meio da imunomodulação, as β-glucanas “ajustam” a
resposta imune do organismo para que ele fique em estado de alerta, ou seja,
caso haja algum desafio, a resposta pró-inflamatória será mais rápida e
eficiente, sem que haja, com isso, superestimulação do sistema imune,
prevenindo danos ao epitélio intestinal ou proliferação de bactérias
patogênicas. Isso significa que o imunonutriente não provoca a inflamação ou
dano tecidual, mas coloca as células do sistema imune em alerta para melhor
responder a possíveis desafios à saúde. Esse mecanismo é particularmente útil
na produção animal, pois permite resposta mais eficiente do sistema imunológico
aos desafios sanitários, reduzindo o custo metabólico do animal para lidar com
infecções e outros problemas de saúde, além de ser um aliado essencial em
programas de vacinação, melhorando a eficácia das vacinas.
Esse é, portanto, um fator-chave para leitões recém-nascidos, que
dependem da imunidade materna passiva e da imunidade congênita adquirida, que
se desenvolverá no pré e pós-desmame. O desenvolvimento das respostas imunes
dos leitões começa durante a gestação, porém não há transmissão de anticorpos
ou imunoglobulinas via placenta. Por isso, estes animais são dependentes da
ingestão de anticorpos maternais via colostro e leite.
Os benefícios da suplementação de imunonutrientes, como
as β-glucanas, são vários e podem ser mensurados pela quantificação de
imunoglobulinas totais circulantes no sangue dos leitões, redução de problemas
respiratórios e diminuição na incidência de diarreia. Efeitos sobre a manutenção
da integridade intestinal também podem ser observados, já que, como citado, há
íntima relação entre microbiota, integridade e permeabilidade intestinal e
sistema imune. É a ciência apoiando a evolução da suinocultura. Na prática,
isso significa contribuir para o aumento da produtividade sem o uso de
antibióticos, com bem-estar animal e produção de alimentos mais saudáveis e
sustentáveis.
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