Confúcio faz vistoria no J.Paulo e propõe medidas urgentes

Porto Velho, 4 de janeiro de 2011 – Em seu terceiro dia de trabalho como governador de Rondônia, Confúcio Moura conheceu na manhã desta terça-feira (4) as condições de atendimento do Hospital João Paulo II. Confúcio foi acompanhado de parte da sua equipe de governo.

De acordo com o governador o grande objetivo da visita foi promover um choque de realidade no novo secretariado. Para Confúcio, uma das prioridades de seu governo é a retirada imediata dos pacientes do chão do pronto socorro.

O governador, que é médico, disse ter ficado estarrecido com a realidade encontrada no João Paulo.

O Pronto Socorro João Paulo II é uma unidade de saúde que atende casos de urgência e emergência de média e alta complexidade, recebendo uma média de 200 pacientes diários, o que totaliza aproximadamente 6 mil atendimentos/mês, entre pacientes de Porto Velho e outros oriundos de todas as regiões do Estado, além de pacientes da Bolívia, Mato Grosso, Acre e Amazonas.

O governador chamou a situação do João Paulo II de “desumana”, ao constatar dezenas de pacientes sendo atendidos nos corredores. Hoje o João Paulo II possui 137 leitos comuns e 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Essa situação não pode continuar, é prioridade absoluta acabar com a superlotação do João Paulo”.

Um plano emergencial para o João Paulo começou a ser desenhado logo apos a visita feita pela comitiva do governador. Além de medidas no curtíssimo prazo, outras providências serão tomadas, como a contratação de médicos para visitação diária aos pacientes; aumento da capacidade de cirurgia ortopédica no Hospital de Base - reformando todas as salas de cirurgias e equipando-as adequadamente; aumento do número de plantões médicos, inicialmente para dois turnos cirúrgicos; contratação emergencial de técnicos de enfermagem e enfermeiros para o atendimento dos médicos clínicos gerais; ampliação de 10 leitos na UTI e 5 para os pacientes traumatizados; procedimentos administrativos imediatos para notificação dos concursados e aprovados para assumirem suas funções e construção de um anexo para serviços radiológicos, incluindo tomografia e ressonância magnética no prazo de um ano.

Confúcio reforçou também a importância do projeto de regionalização dos hospitais localizados em cidades como Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná, Ariquemes e Guajará-Mirim e a imediata inauguração dos hospitais de São Francisco do Guaporé e Cacoal, que já estão com a estrutura pronta, necessitando apenas da contrapartida do governo para iniciar o atendimento ao público.

Visita ao presídio Ênio Pinheiro

Depois da visita ao pronto socorro o governador e sua comitiva visitaram o presídio Enio Pinheiro. Durante coletiva à imprensa, Moura falou sobre medidas de impacto e as metas de redução nos índices de criminalidade. Um dos projetos é trabalhar a ressocialização dos presos. “Não é somente preso que podemos recuperar um infrator, há diversas formas, projetos sociais que podemos utilizar como forma de punição”, afirmou.

Segundo estimativas, há uma carência de 1.600 vagas no sistema prisional de Porto Velho. O governador disse que a situação no interior é semelhante à da capital.

Além de medidas de ressocialização e de humanização dos presídios, foram mencionadas ainda a construção de espaços destinados para práticas de atividades pelos presidiários e a estruturação de centros médicos dentro dos presídios.

Fonte: Decom / Fotos: Marcos Freire