Regabofe: o banquete oferecido pelo governador Marcos Rocha aos deputados estaduais foi providencial

VILHENA 

Foi através desta coluna que o rondoniense ficou sabendo da terceirização por total da saúde pública de Vilhena. Também foi neste espaço que se apontou a afronta ao texto constitucional do contrato entre a municipalidade vilhenense e uma Organização Social de Chavantes (SP), uma vez que a iniciativa privada é autorizada de forma complementar na ajuda da gestão da saúde pública. Não a substituir, conforme ocorre em Vilhena. A partir da denúncia outros órgãos começaram a investigar e constatar a irregularidade.   

MPC 

Por relatório técnico o Ministério Público de Contas analisou todo o contrato entre a Prefeitura Municipal de Vilhena e a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes e apontou diversas irregularidades, além da transferência total da gestão da saúde pública municipal para a entidade de direito privado acima contratada. São dez pontos provavelmente ilegais que foram cometidos por suposta burla à exigência constitucional de concurso público, possíveis violações dos limites legais de gastos com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, falta de comprovação de vantagem técnica, entre outras.  

DESDOBRAMENTOS  

A operação policial que investiga supostos malfeitos através do Consórcio Público Intermunicipal de Rondônia (CIMCERO), com sede em Ji-Paraná, tende a tomar novos contornos pelas investigações em andamento. Há suspeitas de superfaturamento e eventuais combinações entre agentes públicos e privados o que revela condutas inapropriadas que causam prejuízos ao erário. Os desdobramentos, segundo uma fonte da coluna, são imprevisíveis e tendem a alcançar novos personagens. A ver.  

REGABOFE 

O banquete oferecido pelo governador aos deputados estaduais foi providencial para aparar arestas entre o Executivo e o Legislativo, mas o cardápio secundário após o regabofe ainda está para ser servido pelo governador. A coluna apurou que os parlamentares estão insatisfeitos porque não têm os pedidos acolhidos, especialmente nos escalões das secretarias. Na Sesau, por exemplo, todas as nomeações dos cargos mais robustos continuam sob a influência do ex-secretário e hoje deputado federal Fernando Máximo.  

REGABOFE II 

Na educação e no Departamento de Estradas e Rodagens (DER) os deputados pleiteiam mudanças para que os pedidos encaminhados pelas bases eleitorais sejam atendidos com maior brevidade. São duas pastas que podem mudar de mandatários, visto que há insatisfações políticas latentes. Detran e Secretaria de Segurança, são mais duas pastas cobiçadas e que podem ser utilizadas para aplacar os ânimos.  

REGABOFE III 

Em contato com a coluna um parlamentar explicou que as insatisfações políticas foram tratadas com o governador de forma aberta e que teve como grande articulador o chefe da Casa Civil que, aliás, é sempre acionado nos momentos difíceis para o governo. Embora, segundo a fonte, haja entre os palacianos próximos ao chefe do governo gente empenhada em estimular futricas e são fofocas destinadas a desgastar Junior Gonçalves, principal articulador do governo. Especialmente na reeleição.  

SINAIS 

Na semana passada os bastidores políticos foram alimentados com a possibilidade da saída do chefe da Casa Civil. Como diz o adágio, onde há fumaça há fogo, e a coluna identificou o incendiário empenhado em queimar o filme do artífice da reeleição de Marcos Rocha. Pelos sinais, é possível adiantar que a fonte das futricas é inconfiável. E o governo, afeto a burburinhos, fez ouvidos de moucos. Mas ficou desconfiado.  

CHALAÇA 

Não é lorota a possibilidade de uma derrota de Marcos Rocha no Tribunal Regional Eleitoral em razão da investigação sobre abuso de poder político ocorrido durante a campanha eleitoral. Os processos existem, estão tramitando em ritmo bem avançado e com conteúdos robustos capazes de limar o governo do Coronel. Lorota é desdenhar dos fatos. Aliás, a chalaça soa como provocação a corte.  

EXTREMISMO 

Não é segredo nem para os bagres que nadam diariamente nas margens do Rio Madeira que o governador Marcos Rocha torce o nariz para o governo do presidente Lula. Militar de origem e seguidor das hordas extremistas do bolsonarismo, Rocha começa  a perceber que precisa distensionar a relação para que as pautas de interesse da população de Rondônia sejam comtempladas pelo governo federal. É um grande passo baixar as armas, amenizar a postura extrema e abrir canais de diálogo para que obras federais abundem em Rondônia. O armistício até os bagres do madeira agradecem.  

AMAZÔNIA 

O evento promovido pelo governo brasileiro para tratar dos impactos climáticos e desmatamento da Amazônia, que começou nesta terça-feira, em Belém, revelou dados alarmantes sobre áreas desmatadas que podem virar savanas. A pecuária é vista como o principal fator de impacto ambiental nos biomas a partir das emissões de gases de efeito estufa, que somente aumentam.  

PROTEÇÃO 

O Brasil voltou aos principais fóruns internacionais sobre a questão ambiental e tem assinado compromissos em conter o desmatamento, além de programas que incentivem o uso racional das riquezas naturais como forma de gerar renda e emprego para as populações da Amazônia. Importante destacar que o próprio presidente Lula tem avisado que não vai abrir mão da soberania da região e não quer transformar a floresta em um santuário intocável sem alternativa econômica para as populações que nela residem. Proteção sim, mas com exploração racional e sustentável.  

CALOR 

Os impactos ambientais são uma realidade com temperaturas acima do normal.  O calor atinge índices insuportáveis em todos os hemisférios e estão causando problemas de saúde incomensuráveis em todas as atividades humanas.  

AVALIAÇÃO 

Para descontentamento dos bolsonaristas uma nova pesquisa de avaliação do governo Lula está para ser conhecida com índices positivos. Os institutos já haviam detectado que a avaliação do governo Lula 3 seria positiva puxada pelos indicativos da economia que estão melhorando consideravelmente. E desemprego caindo.  

TARIFAS

Em outubro as tarifas devem ser majoradas acima da inflação para compensar as perdas acumuladas, entre elas, energia elétrica, telefonia, água e gás. Infelizmente, uma realidade que não tem como fugir em razão dos contratos. 

 CÉUS

Os céus de Rondônia continuam cinzentos e quente. A tendência é piorar