Quarta-feira, 13 de agosto de 2025 - 11h58

VIOLÊNCIA
As cenas violentas protagonizadas por lulistas e bolsonaristas, na
última sexta-feira, nas imediações do Palácio das Artes, durante o evento em
que o presidente Lula assinou convênios com investimentos vultosos para
Rondônia, são altamente reprováveis. No entanto, as cenas foram editadas pelos
partidários do segundo grupo e utilizadas por diversos políticos da direita que
cobravam ações duras contra o agressor da esquerda, envolvido no lamentável
episódio.
ESTÚPIDOS
Quem assiste às gravações sem edição e sem o ranço da polarização
que assola nosso país, percebe um senhor fantasiado com as cores expressadas
pelos bolsonaristas avançando sobre os lulistas trajados de vermelho. Por
diversas vezes ele (bolsonarista) agride os lulistas, inclusive rasgando bandeiras
portadas por lulistas, até que um membro ‘bombado’ da esquerda lhe aplica um
golpe violentíssimo que o leva a nocaute. São cenas horríveis de intolerância e
que revelam antecipadamente os ânimos que estarão alterados nas eleições de
2026. Nada justifica tanta intolerância de ambos os lados. Uma polarização que
está na hora do país rechaçar e encontrar novos caminhos diversos dessa
estupidez.
LACRAÇÃO
É comum um grupo antagônico protestar contra eventos um do outro.
A esquerda sempre compareceu em cerimônias para vaiar autoridades ligadas à
direita. O que não é normal, como ocorreu na capital, é comparecer ao evento do
adversário deliberadamente com o ânimo de agressão física e causar balbúrdia. E
foi exatamente o que aconteceu. Bastava que os deputados e senadores que usaram
as cenas para passar pito no adversário, nos poupasse da desfaçatez. Mas, ao
que parece, o que importa são cortes para a lacração nas plataformas digitais.
AUSÊNCIA
Não é de bom alvitre um governador evitar recepcionar um
presidente por razões ideológicas. Especialmente quando a visita term como
objetivo assinar convênios com liberação de um bilhão e meio de reais para
serem investidos no estado, como ocorreu com a vinda de Lula para Rondônia.
POLARIZAÇÃO
A ausência de Marcos Rocha na visita de Lula é lamentável do ponto
de vista da civilidade, embora compreensível na esfera política, uma vez que a
maioria dos rondonienses reprova qualquer ação advinda do presidente, mesmo
quando traz mais de um bilhão para Rondônia. Uma pesquisa que este cabeça chata
teve acesso revela que a descortesia do governador é aprovada pela maioria do
eleitor rondoniense. Vivemos tempos bicudos.
POSTURA
Já a postura do prefeito da capital Léo Moraes em comparecer ao
evento com Lula para a assinatura da liberação dos recursos para o Hospital
Universitário, diferente de Marcos Rocha, não lhe causa nenhum desgaste com o
eleitor da capital por dois motivos: o primeiro é que parte expressiva do
eleitor da capital não é extremado como do interior e, segundo, a assinatura
para a aquisição de uma unidade hospitalar universitária em Porto Velho é uma
reivindicação antiga da classe política, universitária e comunitária. A postura
de Léo, um especialista em mídias digitais, foi bem avaliada. Único que faturou
com os mimos lulistas.
CÁLCULO
Mesmo contestado por um eleitorado majoritariamente conservador, o
senador Confúcio Moura, convidado por Lula para discursar, não recuou um
milímetro na defesa do governo federal mesmo sabendo dos prejuízos eleitorais
que a posição causa na sua reeleição. Moura é o mais longevo político com
mandato em Rondônia e conhece como ninguém os meios pelos quais pode alcançar
uma vitória de reeleição, hoje improvável. Com duas vagas para o Senado, um
candidato que alcance trinta por cento dos votos, tem chances reais de levar
uma das vagas. Os lulistas somam atualmente um eleitorado em torno 25% em
Rondônia, caso decidam votar na reeleição de Moura, sobra para os diversos
pré-candidatos bolsonaristas a outra vaga. O senador Confúcio sabe fazer cálculos.
DESISTÊNCIA
O senador Marcos Rogério (PL) está sendo empurrado para disputar a
reeleição e abrir a vaga de candidato ao governo para o deputado federal
Fernando Máximo. Caso esta dobradinha se confirme, não vai ser um passeio para
Rogério, visto que o número enorme de pré-candidatos competitivos ao Senado em
Rondônia vai levar à pulverização dos votos da direita, favorecendo a
postulação de uma candidatura à reeleição de Confúcio Moura por uma das vagas,
com o apoio do eleitor do centro e da esquerda. Uma desistência que pode lhe
custar o mandato, especialmente porque em 2026, Marcos Rogério não pode contar
na propaganda eleitoral com o apoio explícito do mentor Jair Bolsonaro.
REAPROXIMAÇÃO
Ainda não houve uma reaproximação entre o governador Marcos Rocha
com o vice-governador Sérgio Gonçalves. Mas é perceptível que arrefeceram os
ânimos acirrados entre os dois. Marcos Rocha é pré-candidato a senador e, para
disputar, é obrigado a renunciar ao governo. A continuidade dessa animosidade é
ruim para ambos e azeda as relações pessoais, pondo em risco os projetos
eleitorais, o que exigirá do governador desistir da eleição ao Senado. O
governador permanecendo no governo, Sérgio volta ao anonimato de onde saiu por
obra de Marcos Rocha. A reaproximação é a saída, mesmo que seja lenta e
humilhante para quem deu causa à briga.
TRAIÇÃO
Em nada adianta Sérgio Gonçalves insistir em negar que traiu
Marcos Rocha. Independente da suposta conduta neutra que adotou quando houve um
movimento na Assembleia Legislativa para tentar defenestrar o governador do
cargo, a versão que ficou é que falaram em seu nome. Daí a traição que o
governador tanto critica.
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