O universo da arte da Amazônia está na Ivan

Sob o comando do "maquinista" Teixeirão o comboio com a expressão máxima das artes plásticas de Porto Velho, deu a largada na noite da última quinta feira, direto da Casa de Cultura Ivan Marrocos. Os condutores Rita Queiroz; João Zoghbi; Geraldo Cruz e Gilson Castro não paravam de servir os passageiros com obras de primeiríssima, obras dignas de serem expostas na mais exigente galeria. A "guernica" cabocla, pintada pelo Zoghbi chamava a tenção de todos que entravam no espaço "Madeira Mamoré". Na realidade, o título da obra é "Mad Maria SOS" e chama atenção pela qualidade do traço e em especial pelo seu conteúdo. Os visitantes após verem, tudo que não deveriam fazer contra nosso patrimônio histórico, divagam pelo trem cultural da sala MM e se deparam com o amor à natureza exercido pela artista cabocla Rita Queiroz. Quando nos deparamos com as telas do Gilson Castro parece que o trem alcança velocidade máxima, pois, não conseguimos ver os rostos de suas "mulheres", é o cubismo, estilo adotado pelo mais novo dos quatro pintores desse universo amazônico. Gira, gira. O mundo é uma bola e se é redondo, podemos ver de qualquer ângulo, menos pelo de trás, na realidade, no estilo Geraldo Cruz, o artista das circunferência, como disse a jornalista e mestre cerimônia na abertura da exposição, Minéia Capistrano. "Geraldo produz obras simples que traduzem o cotidiano, mas cria objetos que os mais leigos jamais entenderiam o que representam, por estes mistérios suas criações estão espalhadas em vários lugares do mundo".
Ah as lavadeiras dos nossos igarapés de antigamente. Ah os casais dançando com a sensualidade da lambada, Ah! a jovem se esparramando num banho de igarapé. "Esse Zoghbi tá promíscuo", comenta sorrindo a jovem estudante de belas artes da academia do Ariel.
Os discursos se perderam ao vento, mas, os protestos ficaram nos ouvidos de quem quis vestir a carapuça.
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