IML não é casa de defunto, é centro de pesquisa, afirma médico

Com inscrições abertas ao público em geral, a Jornada de Medicina Legal que
será realizada pela primeira vez em Porto Velho, dias 20 e 21 próximos, promete
atender principalmente aos anseios dos estudantes universitários, principalmente
aos dos cursos de medicina e direito, que futuramente exercerão funções que
prestigiarão assuntos muito próximos aos abordados pelos especialistas nas
palestras e nas mesas redondas.

O coordenador da Jornada, médico João Dimas, diretor do Instituto Médico
Legal (IML) de Rondônia, cogita inclusive fazer parcerias com as faculdades
que têm curso de medicina para aproximar os estudantes do instituto. O IML
tem que perder essa característica de casa de defuntos para ser visto como
um centro de pesquisas avançadas, salientou.

Já fazendo referência à parceria entre os IMLs e as faculdades uma palestra
ministrada pelo médico especialista Dardeg de Souza Aleixo, presidente do
Conselho Regional de Medicina do Amapá e membro do Conselho Federal de Medicina,
abordará o tema A quem pertence o cadáver. Os debates em torno do assunto
há muito tempo tem gerado discussões acaloradas em todas as esferas da sociedade
brasileira.

Com a abordagem do assunto, o médico pretende levantar a questão dos aspectos
práticos aos alunos dos cursos de medicina que precisam ter acesso a cadáveres
para estudar a anatomia humana e os sistemas que compõe o corpo. O IML é
a oficina perfeita principalmente para os estudantes de medicina. É nesse
sentido que as faculdades devem promover uma aproximação maior com esses
institutos, enfatizou João Dimas.