Epifânia vê realidade dos atingidos pelas cheias

Em visita ao distrito de São Carlos e comunidades, nesta segunda feira, 14, a deputada Epifânia Barbosa, (PT), foi até as comunidades do Baixo Madeira com o objetivo de ver de perto a realidade vivida pelos moradores que foram atingidos pelas cheias e ainda ouvir as reivindicações dos desabrigados.

Entre os principais pontos levantados nas comunidades durante as visitas, estão a questão da energia elétrica, limpeza das casas, poços que estão sendo utilizados sem ter sido desinfectado e a estrada de acesso a São Carlos que foi apenas raspada e não teve cascalho colocado.

São Carlos

No distrito de São Carlos, de acordo com os representantes Ednardo, administrador do distrito, e Jorge e Pedro, o início das aulas na escola Henrique Dias estava previsto para o dia 15/07, porque até o momento a escola ainda não tem carteiras, mesas, portas, lâmpadas, ventiladores e até água potável. A Escola atende uma demanda de 60 alunos do ensino médio que não vieram para a zona urbana de Porto Velho. Os moradores relataram ainda que a limpeza da escola foi feita pelos próprios funcionários e comunidade.

Andando pelo distrito, a deputada constatou que as ruas que ainda não foram liberadas, já têm moradores retornando e fazendo a limpeza dos espaços por conta própria, sem nenhuma orientação ou auxilio da vigilância sanitária. Quanto ao auxilio social, poucos informaram já ter recebido, a maioria afirmou que foi ao Banco e não havia depósito em suas contas. Alguns informaram que nem haviam feito o cadastramento.

Os atingidos reclamam também das contas telefônicas vem sendo cobradas indevidamente pela empresa OI do período em que todo o sistema de telefonia ficou sem funcionar no distrito. A situação ainda não foi restabelecida e segundo os moradores todo o cabeamento foi danificado. A população informou que São Carlos já tem uma media de 280 famílias retornando para o distrito.

Cavalcante

Na comunidade de Cavalcante, estão alojados os moradores de Terra Caída e Curicacas. Tem uma média de 120 famílias no local, com barracas de lona improvisadas. Muitas pessoas, especialmente crianças estão com malária no local. Os moradores falaram das condições do abrigo (barraca), que durante o dia é praticamente impossível permanecer em seu interior. Algumas famílias já estão em casas feitas por eles mesmos. Nesta região, os moradores sugerem até organizar o espaço para a escola das crianças matriculadas em São Carlos pois são muito pequenas para irem para outra localidade. Pediram também a perfuração de poço para atender toda a comunidade.

Cujubim Grande

Em Cujubim Grande, a escola Deigmar de Moraes também tem previsão para reiniciar as aulas no dia 21/07, se a empresa contratada realizasse a parte elétrica, além de pequenos reparos sim. Já a escola Estadual Raimundo Nonato, foi aterrada com os resíduos da enchente, o mobiliário, principalmente carteiras foi praticamente todo perdido. É preciso fazer a retirada da lama, areia de dentro da escola, que tem uma camada de mais ou menos 70 cm.Visitando o posto de Saúde, a deputada constatou que  a unidade foi praticamente soterrada e a comunidade e servidores ainda estão retirando a lama e restos dos moveis do local. Portas, pias, parte elétrica, praticamente tudo precisa de reparos ou reposição.

Fonte: Nara Vargas