Sexta-feira, 25 de setembro de 2020 - 12h00
O trabalho de atualização do plano de
governo do candidato do MDB, Williames Pimentel, à Prefeitura de Porto Velho –
reconhecido inclusive pelos adversários como o melhor embasado da campanha de
2016 – não exige grande esforço do corpo técnico de alto nível constituído pela
campanha. É que as carências apontadas então permanecem inalteradas, quando não
agravadas. Assim como naquele momento, a
cidade não apenas competência e conhecimento do próximo administrador. Ele
precisa incorporar um forte sentimento de pertencimento à comunidade
portovelhense.
Somente o candidato que tenha efetivo
compromisso com o município no qual vai continuar a viver depois do mandato,
terá coragem de atacar problemas que, embora afetem à população como um todo,
desestimulam os políticos carreiristas, que usam a Prefeitura como trampolim
para vôos mais ambiciosos, pois, além de exigir pesados investimentos, não
rendem votos. São obras enterradas que, aplaudidas em um primeiro momento, acabam
incorporadas à normalidade e esquecidas. Exemplos disso estão nas gravíssimas
questões ambientais, no saneamento básico e nos alagamentos, que infernizam a
população a cada nova temporada de chuvas.
Pimentel tem esse compromisso com
Porto Velho. Ele fica evidente até mesmo na composição do corpo técnico
encarregado da atualização de seu plano de governo. Os setores ambiental e
saneamento estão entregues à coordenação do ex-secretário da Sedam, Vilson de Salles
Machado, coronel da reserva da PM, ex- comandante do Batalhão de Polícia
Ambiental, e ao ex-secretário de estado do planejamento, George Alessandro
Gonçalves Braga, portovelhense, servidor
do TRT 14 Região, formado em direito, pós graduado em Gestão Pública e pós
graduando em Neuroeducacão. Eles se reuniram na sede do partido para uma
avaliação das perspectivas do trabalho, identificação das demandas e
estabelecimento de propostas exequíveis para o novo prefeito.
Alguns pontos já foram preliminarmente
alinhavados, não apenas com o reconhecimento dos problemas, mas com a indicação
dos caminhos para solução. Na questão dos alagamentos, por exemplo, eles
lembraram que a Prefeitura dispõe de estudos que identificaram 14 pontos
críticos a serem atacados. Mas nada se fez além disso. “É um trabalho que exige
mobilização de diversos setores da Prefeitura, tanto pelo elevado alcance
social, como pelo reflexo direto em diferentes áreas, como na saúde, mobilidade
urbana e economia”.
Eles observam que é preciso oferecer
à população serviços de recolhimento de descartes, como móveis inservíveis,
fogões, geladeiras e pneus velhos, normalmente deixados à frente das casas ou
lançados em terrenos baldios. Dai para serem levados pela enxurrada para
obstruir os igarapés, basta uma chuva forte. A desobstrução permanente dos
igarapés – observam – pode ser conseguida com a urbanização das margens -
construção de passeios, ciclovias e iluminação. Cria-se espaço para caminhadas,
rotas alternativas de mobilidade e a própria população se encarrega de
fiscalizar sua manutenção. As soluções
existem. Basta aplicar a chamada vontade política.
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