Fundação Oswaldo Cruz pretende instalar sede em Rondônia

Na manhã desta terça-feira (7), no Palácio Getúlio Vargas, foi realizado um encontro, coordenado pelo vice-governador João Cahulla, para debater a questão do remanejamento de servidores para o Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais em Rondônia (Ipepatro), além da instalação da sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Estado. O encontro reuniu o vice-presidente do Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho, da Fiocruz, Rômulo Maciel Filho, o diretor da Fiocruz Noroeste Rodrigo G. Stabeli, o procurador chefe da Fiocruz, Antônio César Silva Mallet, o diretor Geral do Cemetron, Rony Peterson, além do secretário Estadual de Saúde (Sesau), Milton Luiz Moreira. “Estes funcionários vão somar com os trabalhos que já são feitos pela instituição na área de pesquisas aqui em Rondônia”, destacou o professor Luiz Idelbrando, diretor do Ipepatro/RO.

Quanto a instalação de uma representação da Fundação Oswaldo Cruz em Rondônia, seu vice-presidente defendeu.  “Temos aqui dois diamantes a serem lapidados: um deles é a história de destaque da Fiocruz e suas perspectivas para o futuro, o outro é uma parceria história com o Estado de Rondônia na área da saúde”, declarou o vice-presidente da fundação Oswaldo Cruz, Rômulo Maciel Filho. “Inovação” foi à palavra utilizada pelo vice-presidente da Fundação Osvaldo Cruz fazendo menção à instalação da Representação da (Fiocruz) em Rondônia.  Segundo ele, a construção depende agora da locação de um terreno onde deve ser construído um complexo de pesquisa na área da saúde, ficando sob a responsabilidade do Governo do Estado e do município, já que a sede vai ser instalada em Porto Velho. “A saúde é o nosso bem essencial, precisamos de uma Fundação como esta de renome por aqui e que vai desenvolver muitas pesquisas, e o Governo do Estado vai ajudar no que puder”, enfatizou o vice-governador João Cahulla.

Assim que o termo de cooperação técnica for firmado entre o Governo do Estado de Rondônia, o Governo Federal, através do Ministério da Saúde, e o município, as obras devem ser iniciadas e com a previsão ainda para este ano.

As principais contribuições da Fiocruz em prol do desenvolvimento científico

Desde de sua criação a Fiocruz vem oferecendo contribuições importantes para o desenvolvimento científico mundial.

Na área de protozoologia destacaa-se o estabelecimento do ciclo do Haemoproteus columbae, por Henrique Aragão, o que contribuiu para o estudo do ciclo exo-eritrocitário na malária humana, e a descoberta do tratamento antimonial para as leishmanioses, por Gaspar Vianna. Esse feito mudou radicalmente o prognóstico do calazar, doença com índice de 70% a 90% de mortalidade.

Em virologia, destacam-se os estudos anatomopatológicos sobre a febre amarela de Rocha Lima e Magarinos Torres. Henrique Aragão descobriu o vírus do mixoma do coelho, o que possibilitou o controle populacional deste animal na Austrália.
 
Destacam-se, ainda, as novas técnicas de combate ao mosquito transmissor da febre amarela desenvolvidas por Oswaldo Cruz,  além dos estudos clássicos em sistemática de insetos.

Também são destaques do Instituto a descoberta da vacina contra o carbúnculo do gado, ou peste da manqueira, por Alcides Godoy; as pesquisas em microbiologia de Olympio da Fonseca e Arêa Leão; a descrição completa do fungo causador da paracoccidioidomicose, também conhecida como mal de Lutz, por Adolpho Lutz, e o desenvolvimento de novas tecnologias para a produção em larga escala das vacinas contra febre amarela e varíola.

Por fim, destacam-se ainda os estudos clássicos em sistemática de helminto, de Lauro Travassos, e, por Rocha Lima, a descrição do ciclo do Schistosoma mansoni e a causa do tifo exantemático - Rickettsia prowasecki.

Fonte: Decom