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Eleições 2018

Marcos Coimbra: cenário de empate na véspera da eleição; Ciro pode decidir


247 - O cenário mais provável neste momento é que Haddad e Bolsonaro cheguem empatados nas pesquisas da véspera do segundo turno da eleição que acontece neste domingo, afirmou Marcos Coimbra, diretor do instituto Vox Populi, em entrevista ao programa Giro das 11 da TV 247 na manhã desta quinta (25): "Acredito que a tendência de queda de Bolsonaro e de pequena subida de Haddad pode nos levar a um empate cravado nas pesquisas do sábado (véspera da eleição)". Para ele, um eventual apoio de Ciro Gomes a Haddad "pode ser valioso para definir as eleições em favor do candidato do PT". Ciro, disse Coimbra, "teve e tem um papel ativo e importante nas eleições; a rusga entre seu irmão, Cid, e o PT, prejudicou muito Haddad no Ceará e um encontro forte entre Ciro e Haddad por gerar uma onda positiva forte".

Uma das pesquisas que será divulgada no fim da tarde de sábado (27) é a pesquisa Vox/247, com financiamento da comunidade de pessoas que, de todo o Brasil e do exterior, reúnem-se ao redor do portal e da TV 247. O Vox Populi está fazendo a pesquisa a preço de custo para a comunidade 247 e o montante arrecadado até o momento pelo projeto do Catarse, R$ 150 mil (aqui), já supera o necessário para o pagamento, e poderá ser usado em outros projetos da comunidade. A pesquisa Vox/247, divulgada na véspera do primeiro turno, foi a que mais se aproximou do resultado das urnas (aqui).

Marcos Coimbra conversou com os jornalistas Leonardo Attuch e Mauro Lopes, do 247, por uma hora. Na entrevista, com comentários e perguntas da comunidade 247, Marcos Coimbra disse também o eventual apoio de Fernando Henrique Cardoso a Haddad pode ajudar, apesar de ser menos relevante. "FHC é uma referência importante para um eleitor conservador que está incomodado com Bolsonaro mas não descarta o voto nele; o apoio dele a Haddad pode decidir o voto dessa parcela do eleitorado". Mas, ressaltou ele, é um contingente bem menor que o de Ciro, que obteve 12,47% dos votos válidos no primeiro turno.

Coimbra considera acertada a prioridade que Haddad tem dado para a conquista do apoio de Ciro e FHC e diz que uma definição favorável deles não faria o candidato do PT perder votos "à esquerda": "Quem está definido por Haddad não vai mudar de voto porque Ciro ou FHC estarão apoiando-o; a chance de perda é zero".

O cenário da eleição de 2016 tem diferenças marcantes em relação á de 2014. Naquela, a três dias da eleição as pesquisas indicavam entre 7% e 9% de votos indefinidos (indecisos, nulos e brancos); na pesquisa da Vox Populi de agora, o índice é de 17,6%. "No primeiro turno, houve 8,5% de votos nulos e brancos; tradicionalmente, no segundo turno este índice cai um pouco, deve ficar ao redor de 6,5%. Isso quer dizer que há 10% dos eleitores que devem resolver seu voto entre hoje e domingo", disse Coimbra.

Para o diretor do Vox Populi, a marca dos últimos dias tem sido "a incapacidade de Bolsonaro de ampliar sua base; está perdendo o que ganhou no impulso da vitória no primeiro turno e parece caminhar para uma votação semelhante à que teve na primeira rodada, porque está perdendo votos".

Bolsonaro está caindo e Haddad subindo lentamente; por isso, segundo Coimbra, um impulso que parta de Ciro e FHC pode ser decisivo.

Ele não acredita numa segunda onda de subida de Bolsonaro como aconteceu no primeiro turno. "Uma onda como a que aconteceu no primeiro turno a favor de Bolsonaro não se repetirá, seria como um raio cair duas vezes no mesmo lugar, e as condições em que ela se deu não estão mais presentes", disse Coimbra, referindo-se à indústria de fake news que teve papel preponderante na definição do resultado em 7 de outubro. E acrescentou: "Uma segunda onda tende a favorecer Haddad".

Para Coimbra a reta final da eleição é marcada por uma dupla de polos. "O primeiro é entre o candidato melhor e o candidato pior, e neste quesito a vantagem de Haddad é inquestionável. O segundo é entre o candidato que representa continuidade e o que representa mudança, e aqui está a maior dificuldade de Haddad, que é visto como continuidade de quatro gestões sucessivas do PT, enquanto Bolsonaro aparece como candidato da mudança". Para ele, "é fundamental à campanha do PT apresentar Bolsonaro como continuidade de Temer, para que a bandeira da mudança não seja apropriada por um candidato que está comprometido com a herança do governo de Temer". Ele diz que o tempo é curto, mas ainda é uma tarefa da campanha de Haddad.

Assista à entrevista logo abaixo e inscreva-se no canal da TV 247: 

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