Sábado, 15 de setembro de 2018 - 10h45
Por Ricardo Miranda, em seu blog – Não sei qual é o Brasil que William Bonner quer ver, mas certamente não é um em que Fernando Haddad possa responder às suas perguntas. A última da série de entrevistas com presidenciáveis feitas pelo Jornal Nacional (Assista aqui) – abrindo o telejornal e antes que fosse mostrada a pesquisa Datafolha que confirmou o candidato do PT em forte ascensão, já empatado em segundo lugar com Ciro Gomes (mais que triplicando suas intenções de voto de 4% em 22/08 para 13% em 14/09) -, teve jeito de interrogatório. Pior. Dos 27 minutos de entrevista – assisti diversas vezes para cronometrar -, 16 minutos foram com perguntas e interrupções de William e Renata Vasconcellos, sua parceira de palco. 16 minutos! Ou seja, Haddad teve 11 minutos. Em outras palavras, as perguntas e interrupções tomaram 60% do tempo. William Bonner fez 53 interrupções. Renata outras 19. Em diversos momentos falaram ao mesmo tempo que o candidato, impedindo seu raciocínio.
Mas não eram só perguntas. Bonner e sua coadjuvante de bancada no JN fizeram ilações, deram opiniões, citaram números contestáveis, ocuparam o tempo que podiam. Sempre com ar de deboche e colocando-se como porta-voz da verdade, Bonner indignou-se quando, quase perdendo a paciência, Haddad tentou diferenciar denunciado de réu, citando as Organizações Globo e, por exemplo, seus problemas com a Receita Federal.
Leia a íntegra no blog de Ricardo Miranda e confira o momento em que Haddad enquadra Bonner:
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