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CAOS - Moradores esperaram solução para Vila Ferroviária


Moradores da Vila Ferroviária, localizada na Avenida Farqhuar, região Central de Porto Velho cansados de viverem a mercê de sérios problemas que acontece há vários anos naquele setor pediram ajuda da imprensa, para chamar atenção do poder público municipal e expor seus descontentamentos com uma série de situações que colocam em risco a dignidade de parte da história de Porto Velho, representados pelas moradias históricas e alguns pioneiros.

Segundo os moradores, a prefeitura até os dias de hoje não mandou nenhum representante na área e nem manifestou em dar satisfação sobro os problemas no siais eles estão enfrentando. A marginalidade está em alta naquela região, as casas estão quase todas rachadas devido ao trânsito de veículos pesados e o risco de acidente continua eminente. “Será que vai ser preciso, que Deus nos livre uma vida ser ceifada para o representante maior do município tome uma atitude”, ressaltou um morador indignado.

Somente no mês de julho foram registrados dois atos de vandalismo naquela área, sendo dois incêndios de grande proporções que destruíram parte do patrimônio histórico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que se encontra abandonado.

No local, como é mostrado em fotos e vídeos, o trânsito está muito perigoso e várias colisões já foram registradas e que por muita sorte resultaram apenas em danos materiais. Entre os danos está um dos bancos feito com madeira e ferro, que integraram a revitalização do complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que foi literalmente destruído por um veículo de grande porte que não respeitou a sinalização do trecho.

A via, que era apenas para suportar o tráfego de veículos de pequeno porte é totalmente desrespeitada e diariamente é fácil observar caminhões, carretas, vans e até ônibus transitando. Placas de sinalizações foram arrancadas e os condutores passam pela via na mão e contramão, colocando em risco a vida de inúmeras pessoas.

“COMUNGOU” DESTRUÍDO

Um grupo de moradores da localidade com muita luta e empenho conseguiu junto à prefeitura a instalação de pelo menos cinco “Comungou” (redutores de velocidade também conhecido como “gelo baiano”) que foram colocados na entrada da vila para reduzir a velocidade dos veículos, porém as peças foram destruídas pelos próprios motoristas, para abrir a passagem.

“Estamos abandonados, precisamos de ajuda por parte da prefeitura, para evitar que esses carros que passam em alta velocidade invadam nossas casas e destruam nosso patrimônio”, ressaltou o aposentado Mário Lucio.

As moradias que são heranças de um período histórico da EFMM são imóveis que resistiram as intempéries há anos, mas devido ao tráfego de caminhões e outros veículos de grande porte, a trepidação vem causando rachaduras. A via, estreita, estende a Avenida Farqhuar e termina na área portuária, próximo ao Mercado do Peixe, região do Cai N'Água, onde esses veículos utilizam o trecho para cortar caminho - servindo de atalho.

SEM SEGURANÇA E MULTA

Outro pedido feito pelos moradores às autoridades é pela segurança, que segundo eles não existe. Durante o dia e principalmente a noite são inúmeras pessoas traficando e consumindo drogas naquela região, sem contar as brigas, tentativas de homicídios, estupros, furtos e roubos que deixam os moradores encarcerados dentro de casa.

A área é carente de iluminação adequada e no calçadão em frente a vila, onde funcionam pequenos comércios de alimentação, tem trechos escuros.

O setor do complexo da EFMM, que já chegou a ser 100% iluminada há alguns anos, hoje conta com iluminação pública recorrente para eventos de grande porte ou na entrada da praça, onde funciona comércio informal com ambulantes. Mas de resto é uma escuridão sem precedentes e que já foi denunciada.

No trecho da Vila do Ferroviário o aposentado disse que sua residência foi invadida por bandidos armados duas vezes e quando foi fazer uma benfeitoria no imóvel, para evitar que novos roubos acontecessem acabou sendo multado pelo município, por não poder mexer na estrutura da casa. O homem disse que o fiscal enviado pela prefeitura informou que a casa é patrimônio histórico e então aplicou uma multa no morador no valor acima de R$ 2 mil.

A comunidade do setor pede que o prefeito e o vice-prefeito observem com mais atenção àquela região, onde a maioria dos moradores são idosos, ex-ferroviários – alguns até pioneiros -, que foram pessoas muito importantes para o crescimento e desenvolvimento da Capital e hoje buscam apenas viver com respeito e segurança.

Fonte:  George Telles

 

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