Terça-feira, 16 de setembro de 2014 - 11h32
“Embora os índices de violência em geral no estado sejam crescentes é
possível diminuí-los com uma política de segurança inteligente e
profissional, essa é a avaliação do candidato a governador pela coligação
‘Muda Rondônia”, Expedito Junior.
De acordo com o candidato, investir na profissionalização com uma academia
de polícia equipada é o primeiro passo para melhorar o trabalho dos
policiais rondonienses. Disse ainda que a polícia civil sequer conta com o
mínimo necessário para realizar um bom trabalho investigativo. “As
delegacias estão em destroços e não oferecem qualquer condição para o
desempenho das funções de forma digna. Como cobrar profissionalismo se o
governo não consegue colocar a disposição do servidor as condições mínimas
de trabalho”, questiona Junior.
Outro problema apontado pelo candidato é a defasagem na tropa da Polícia
Militar que também trabalha em condições precárias ao sobrecarregar o
atual efetivo. “Precisamos contratar imediatamente novos policiais para
que a população tenha mais segurança ostensiva nas ruas, em particular nas
cidades com índices mais violentos”, disse.
Expedito Junior avalia que apenas as ações preventivas e ostensivas não
são suficientes no combate à criminalidade se o Estado não repensar a
forma pela qual encarcera seus detentos. Nesse sentido, propõe ao debate a
adoção de “presídios indústrias” para que cada preso trabalhe e estude
enquanto estiver cumprindo a pena. É uma experiência exitosa adotada em
outros estados, a exemplo de Minas Gerais e Paraná.
“Preso desocupado fica vulnerável e tende a se brutalizar cada vez mais. A
questão carcerária é um problema que precisamos encarar com coragem para
resolver. Hoje as unidades prisionais são verdadeiras ‘academias do
crime’: o jovem ingressa ladrão de galinha e sai perito em explosão de
caixas eletrônicos porque não há uma ocupação que permita reeducá-lo para
o retorno ao convívio social. Vou licitar presídios indústria para que
empresas invistam no setor, mas permanecerá sob a fiscalização e
responsabilidade do Estado”, explicou Junior.
Quanto aos agentes penitenciários Junior lembrou que serão valorizados e
vão permanecer desempenhando suas funções sejam nas atuais unidades ou nas
que serão licitadas. “O que muda é a profissionalização e a valorização.
Tenho dito que vou dialogar com todas as categorias dos servidores para
construir uma política de pessoal duradoura e decente sem subterfúgios nem
manipulações. A violência é um problema contemporâneo que está se
vulgarizando cotidianamente. Os governantes são responsáveis pelos nossos
jovens que necessitam de oportunidades”, concluiu.
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