Sábado, 6 de setembro de 2014 - 06h50
Prof. Edilson Lobo
A disputa eleitoral para a presidência da República no Brasil, com a morte de Eduardo Campos, candidato do PSB, proporcionou uma reviravolta no cenário político inimaginável.
A sua candidata de chapa a vice, Marina Silva, até então uma coadjuvante sem nenhum brilho, mantida praticamente no anonimato, de repente, se viu guindada à condição de liderar o Projeto do PSB como candidata à presidência, condicionada por essa fatalidade que vitimou Campos.
O que se viu à partir de então, dada a comoção nacional com o trágico episódio, foi o desabrochar do fenômeno Marina Silva, disparando nas pesquisas, provocando uma estremecida nas duas candidaturas que até então, protagonizavam uma certa disputa, no caso PT e PSDB, partidos que nos últimos vintes anos, estabeleceram a hegemonia política no cenário brasileiro, alternando-se no poder, nesse período considerado.
O que faz uma candidatura se despontar na corrida, rumo ao cargo mais importante da república, não como um projeto solidamente construído, mas como obra da imponderabilidade divina?
O vácuo que estamos vivenciando na estrutura das instituições que nos representam no atual estágio da realidade do País, talvez explique muito desse fenômeno.
Têm-se analisado as jornadas de junho de 2013, como um momento da nossa história que tenha exacerbado, ou explicitado com profunda veemência, o sentimento de vários seguimentos da sociedade brasileira, em relação ao descrédito nas nossas instituições. Principalmente os partidos políticos e os seus legítimos representantes.
Talvez encontremos aí, razões para entendermos, porque uma candidata como Marina Silva, uma figura do ponto de vista político extremamente controversa e de certa forma até confusa, desperte numa parcela considerável do eleitorado brasileiro, as esperanças e os anseios da mudança que todos esperam.
Em matéria veiculada na revista Carta Capital de 27.08.2014, o jornalista Lino Bocchini, elencando as sete razões para não se votar em Marina, uma delas é bem emblemática, sobre a sua confusa posição política:
“Marina Silva virou candidata fazendo uma aliança de ocasião. Marina abandonou o PT para ser candidata a presidente pelo PV. Desentendeu-se também com o novo partido e saiu para fundar a Rede -- e ser novamente candidata a presidente. Não conseguiu apoio suficiente e, no último dia do prazo legal, com a ameaça de ficar de fora da eleição, filiou-se ao PSB. Os dois lados assumem que a aliança é puramente eleitoral e será desfeita assim que a Rede for criada...”
Ou seja, Marina paira acima dos partidos e se filia a eles, segundo a conveniência do momento. Reforça a tendência de um pensamento de que hoje, os partido perderam a representatividade e o mais importante é votar no cidadão ou cidadã de bem. Nessas circunstâncias, Marina Silva voa soberana.
Some-se a isso, o desgaste natural do PT e PSDB, cada um querendo demonstrar à sociedade, quem foi o governo mais corrupto, quem melhor governou o País, quem mais sabe-se lá o quê? Esse processo de mutua aniquilação, tende a exacerbar os ânimos dos seus eleitores, e o que vemos na mídia, é uma avalanche de impropérios e de ataques recíprocos, intensificando a ira de cada lado, que em nada acrescenta aos que almejam as transformações que a Nação necessita. Melhor seria, se fosse apresentado à sociedade brasileira, os projetos de governo, que cada um tem como melhor proposta de governança, e assim qualificar o debate político em cima de proposições concretas.
Enquanto isso, Marina surfa em águas tranquilas, melhorando a cada pesquisa, os seus índices na intenção de votos.
Até quando não forem efetivadas as reformas estruturais, tão necessárias para a construção sólida das nossas instituições, vamos nos conformando com o acaso e a colaboração da Providência Divina, cuja imponderabilidade, ensejam a escolha de pessoas “iluminadas” que pode estabelecer os novos rumos do País.
Edilson Lobo é professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Rondônia - UNIR
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