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Eleições 2014

Confúcio anuncia mais apoio à implantação de agroindústrias no Baixo-Madeira


Na única área produtiva não inundada pela cheia histórica do Rio Madeira no distrito de Calama, a cerca de 7h de barco de Porto Velho, uma construção começa a chamar a atenção de quem passa próximo ao Setor Chacareiro.

A parte mais alta e plana da cidade, longe das áreas de riscos das enchentes do maior afluente da margem direita do Rio Amazonas, é o local escolhido para construção em alvenaria da primeira Agroindústria de Babaçu de Rondônia.

A primeira fase da obra está prevista para ser concluída até o final de 2014. Segundo o professor Ivan Danilo Nardi, membro do Conselho Fiscal da Cooperativa de Agroextrativismo do Médio e Baixo Madeira (Coomade) uma luta iniciada há 8 anos.

O empreendedorismo tem tudo para mudar a economia da região e conscientizar mais ainda as pessoas sobre a importância de preservar a natureza. Vencer numa região onde a maior fonte econômica é o pescado e a produção de farinha de mandioca requer parceria entre governo e iniciativa privada.

Parceria

A decisão do governo, em conjunto com a prefeitura, que resultou na garantia da propriedade dos lotes do Setor Chacareiro para os extrativistas facilitou a aprovação do projeto e a liberação de recursos das compensações sociais do Consórcio Santo Antônio Energia para financiar cinco projetos agroindústrias na região ribeirinha.

Sabor de vitória, principalmente para as 100 famílias que vivem do extrativismo e como posseiras das glebas do Setor Chacareiro temiam ver á área ser desapropriada para a construção de moradias para os atingidos pela cheia.

Na visita ao distrito, há 15 dias, para cumprir agenda política o candidato à reeleição ao governo, médico Confúcio Moura conversou com líderes dos produtores e garantiu que as negociações com os proprietários da Fazenda Maicy estão bem adiantadas e que nenhum chacareiro será prejudicado.

O objetivo é fechar o cálculo do valor final da indenização o mais rápido possível para que o Estado pague a indenização, e junto com o Incra promova o desmembramento de 300 hectares da Fazenda Maicy para transferir as terras ao município. Nessa área particular serão construídas as 500 casas para onde serão transferidas as famílias atingidas e que moram em áreas de risco. “Concluído o processo de desapropriação a área será transferida ao município, preservando o Setor Chacareiro”, disse Moura.

Cinco agroindústrias

A Agroindústria de Babaçu é o primeiro dos cinco empreendimentos previstos para entrar em funcionamento na região do Baixo-Madeira. Segundo o encarregado da obra, Rômulo Carvalho, no prazo de 100 dias a estrutura básica fica pronta.

As quatro outras agroindústrias serão instaladas nas comunidades de Demarcação, Nazaré, São Carlos e Cujubim Grande. Duas para incentivar a produção de poupa de frutas, uma de castanha do Brasil e outra para produção de farinha de mandioca.

A Agroindústria de Babaçu vai começar a processar e beneficiar 12 toneladas de coco por dia, a partir do primeiro trimestre de 2015. No prazo de 5 anos, deverá atingir a meta 120 toneladas dia. Quem mais ganha, segundo Nardi, é o extrativista. Trinta toneladas de coco beneficiado gera um rendimento de R$ 6 mil ao extrativista, sem contar o benefício à preservação das espécies florestais. “Ninguém vai querer derrubar mais uma única árvore”, comemora o conselheiro.

Matéria-prima

Estudos realizados pela Coomade, com consultoria de técnicos do Espírito Santo indicam que há na região um milhão de hectares de área cultivada da palmeira babaçu, matéria prima abundante para produção de óleo bruto, óleo comestível, farinha de babaçu, farelo e carvão de babaçu.  O projeto prevê ainda a construção de um porto de embarque e desembarque na área urbana da cidade, mais a aquisição de embarcação para transporte dos produtos para os centros de comercialização.    

O vice-presidente do Conselho Fiscal da Coomade, Luiz Tadeu de Oliveira, aponta também outra vantagem do projeto. Segundo “Gaúcho”, além de mudar a economia da região, gerar postos de trabalho e agregar lucro à produção, também ajudará outras entidades de produtores na etapa da comercialização de seus produtos.  

Exemplo maior é o suporte à venda de farinha de mandioca produzida pela Associação dos Agroextrativistas do Baixo-Madeira (Agrexbama) onde a mão de obra feminina disputa espaço com a masculina em todas as etapas do processo de produção, desde o plantio, prensa, torra e a peneirada da farinha.

Na primeira fase de funcionamento, o beneficiamento do coco de babaçu vai gerar cerca de 20 empregos diretos e oportunidade de trabalho para 70 colhedores, que já estão recebendo capacitação e treinamento para operar as máquinas que serão utilizadas na colheita do coco.

O papel do colhedor é indispensável no processo, de acordo com Nardi, uma vez que o coco que permanece mais de 3 dias no chão somente poderá ser utilizado para o fabrico de carvão de babaçu.

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