Petrobras: preço do gás deve subir no Brasil, independentemente da Bolívia

Agência O Globo RIO - O preço do gás no Brasil deve subir, independentemente das negociações com a Bolívia, o principal fornecedor do país. A afirmação é de ninguém menos que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Segundo ele, a alta do gás se justifica pelo crescimento "extremamente elevado" da demanda no país. Gabrielli afirma que a alta da demanda é "objetivamente um crescimento acelerado que reflete um preço abaixo do que deve ser". - O preço do gás no Brasil precisa ser reavaliado. Acho que o preço no Brasil está baixo e não tem nada a ver com a Bolívia - disse Gabrielli em entrevista ao jornal "Folha de SP". As negociações do Brasil com a Bolívia de Evo Morales sobre o preço do gás, que deverão estar concluídas até o dia 10, estão sendo retomadas nesta segunda-feira. Na entrevista, Gabrielli também garantiu que, apesar da alta demanda, não haverá risco de desabastecimento porque a Petrobras vai investir para aumentar a oferta. Segundo Gabrielli, a diversificação da Petrobras para países tidos como mais arriscados para investimentos estrangeiros, como Bolívia, Venezuela e Nigéria, não é motivo para inquietação. - Não há petróleo na Suíça. Se você quer estar na área de petróleo e gás, vai estar em áreas conturbadas política e geopoliticamente - afirmou. O executivo também afirmou que as diretrizes para estabelecer um novo preço do gás dependem ainda das negociações dos contratos da Petrobras com as distribuidoras brasileiras, como a Congás. Gabrielli afirmou ainda ser "pura especulação" a notícia de que poderá assumir o Ministério da Fazenda no segundo mandato de Lula.

Quarta-feira, 24 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

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