Zekatraca - Lenha na Fogueira 19/11/08

Zumbi 


II Conferência da Igualdade Racial

A Prefeitura de Porto Velho promove de 19 a 21 de novembro a “II Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial”. O evento organizado pela Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres acontece no auditório do Ministério Público Estadual, à Rua Jamari, bairro Olaria, região central da capital rondoniense, com abertura às 8 horas. 

Entre os temas que serão debatidos estão a análise da realidade brasileira a partir da política nacional de promoção da igualdade racial e os impactos das políticas em estados e municípios com a estruturação do Fipir – Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial; avaliação das ações e políticas públicas desenvolvidas em âmbito municipal, estadual e federal com relação aos direitos humanos, comunidades tradicionais, população indígena, saúde, educação, gênero, diversidade cultural, juventude e regionalidade, desenvolvimento sócio econômico e segurança pública. 

De acordo com a coordenadora de políticas públicas para mulheres, Mara Regina, durante toda a conferência, inserida na Semana da Consciência Negra, haverá diversas apresentações de atividades culturais, como Dança do Ventre, Dança Flamenga, o III Concurso da Beleza Negra e a IV Marcha Zumbi “pela tolerância religiosa e diversidade cultural eu tenho fé”, que acontece no dia 22. A concentração será às 16 horas, na Praça Madeira Mamoré. 

“A conferência é fundamental não somente por propiciar a inclusão política e social dos povos e comunidades tradicionais, como também por estabelecer um pacto entre o poder público e esses grupos, que inclui obrigações de ambas as partes”, enfatiza Mara Regina.

A Semana da Consciência Negra está de vento em popa.

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Por exemplo, amanhã (20), acontece a Marcha Estudantil Zumbi dos Palmares.

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Esse evento está marcado para acontecer a partir das 15 horas com a concentração no Colégio Maria Carmosina que fica a rua Amador dos Reis na Zona Leste de Porto Velho.

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A Marcha vai até o colégio São Luiz.

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É a II Marcha Estudantil Zumbi dos Palmares na Zona Leste.

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De acordo com as professora Anatália Barbosa uma das coordenadoras da Marcha da Zona Leste.

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“Ao longo de sua história a população negra foi vítima de um processo de marginalização e discriminação humanamente construída e visivelmente reproduzidas social e institucionalmente, em especial na educação.

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Somente na era Vargas as crianças negras foram inseridas nas escolas públicas brasileiras e ainda assim, teriam que ser apadrinhadas por uma espécie de fiador, contudo, o racismo e a posição social afasta muito cedo esses alunos da escola.

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Considerando, portanto, ser a Zona Lesta, um significativo gueto da nossa capital, e onde encontramos um contigente populacional predominantemente jovem, composto por negros e afro-descendentes, com pouca participação escolar e social, é que consideramos essa região com condições propícias para esse fim.

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O dia da consciência negra é amanhã dia 20.

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Porém a programação acontece até Sábado dia 22.

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Vale salientar que a grande Marcha Zumbi dos Palmares acontece justamente no Sábado dia 22.

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É a “IV Marcha Zumbi – Pela Diversidade Cultural e Pela Liberdade Religiosa”.

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A programação relativa a semana da consciência negra começou Segunda feira passada.

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Com palestras em escolas e faculdades ministradas pelas lideranças do movimento negro, Carlinhos Maracanã, Marconi Vasconcelos, Professor Chiquinho e o Presidente da Accuneraa Silvestre.

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A comunidade espera que o prefeito Roberto Sobrinho dê posse aos Membros do Conselho Municipal da Cidadania Negra – Conegro,

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Durante o Seminário que começa hoje no auditório do Ministério Público.

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Outra reivindicação dos movimentos negros de Porto Velho é que o prefeito Roberto Sobrinho crie a Secretaria da Igualdade Racial.

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A marcha Zumbi deste ano, conta com a presença de militantes do Amazonas, Acre e de representantes de todos os municípios de Rondônia, inclusive dos Quilombolas do Vale do Guaporé.

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Puxando a Marcha Zumbi em cima do trio elétrico, vão estar, a Banda Accuneraa, Movimento Hip Hop da Floresta, DJ do bloco Jamaica, Banda Leão do Norte e a bateria da escola de Samba Asfaltão.

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Não confunda!

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Preste atenção!

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A Marcha Estudantil Zumbi dos Palmares acontece amanhã na rua Amador dos Reis Zona Leste da Capital.

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E a IV Marcha Zumbi – Pela Diversidade Cultural e Pela Liberdade Religiosa.

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Acontece sábado dia 22 com saída da Praça da Madeira Mamoré.

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Outra programação relativa a Semana da Consciência Negra acontece Sexta feira dia 21

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É o concurso “Beleza Negra” coordenada pelo pessoal do reggae.

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Que vai acontecer na sede a OAB a partir das 21 horas.

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Diz o Silvestre que este ano o almoço vai acontecer

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Ano passado houve um desencontro e o tradicional almoço do Zumbi foi parar em Rio Branco Acre.

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Coloca na coluna Zekatraca, que este ano, o almoço vai acontecer de verdade.

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Falta apenas o Silvestre dizer aonde vai ser servido.

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Uma coisa é certa.

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A semana da consciência negra este ano, está o bicho.

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Vamos aquecer os tambores nos terreiros, dançar capoeira na praça.

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Cantar samba durante a Marcha que sai da Madeira Mamoré

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E sair baiando ao som dos pontos de Umbanda e Candomblé.

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Axé!

Grupo Peripécias encena Nelson Rodrigues

Humberto Oliveira (*)

Há cerca de dois meses recebi do professor Júnior Lopes, do Departamento de Letras Espanhol da UNIR, dois convites irrecusáveis: Assistir a um dos ensaios do Grupo Teatral da Universidade Federal de Rondônia – a Cia. Peripécias, e também para ministrar palestra sobre o dramaturgo Nelson Rodrigues. Aceitei na hora. 

Recordo muito bem que era uma manhã chuvosa de domingo. Os ensaios acontecem no prédio do Sated, ali na Sete de Setembro, em frente ao Clube Ferroviário. Quando cheguei, fui apresentado às moças e rapazes do Grupo, e logo em seguida dei início à palestra. 

O que chamou minha atenção foi exatamente o título da peça – A nudez nossa de cada dia, obviamente inspirada na obra de Nelson Rodrigues “Toda nudez será castigada”. Nesta adaptação fazem parte onze atores, todos integrantes de diferentes cursos da UNIR. 

Devo confessar que fiquei surpreso com a coragem do diretor e de seus atores, que para começo de conversa resolveram levar à cena, nada menos que o maior dramaturgo brasileiro, pelo menos em minha opinião, no caso Nelson Rodrigues, autor de 17 peças, e morto em 1980. 

Conforme o ensaio evoluía, ia sendo capturado pela tensão crescente que se estabelecia entre os personagens do dramaturgo, mostrados ali através de uma nova visão. Para fazer Nelson Rodrigues, é preciso acima de tudo coragem para se entregar, se despir de si mesmo para mergulhar fundo nos personagens do dramaturgo. Naqueles onze rapazes e moças enxerguei esta coragem, esta entrega assim como absoluta falta de receio de não estar, mas ser a personagem.

Outro dia, encontrei com o diretor do espetáculo, Júnior Lopes que o grupo fará duas apresentações no Teatro do SEST/SENAT, dias 26 e 27 de novembro, às 20h30. Claro que confirmei presença, pois não sou de perde apresentações da obra ou adaptações de textos do dramaturgo pernambucano. 

Mesmo inspirado em “Toda nudez será castigada”, o texto de “A nudez nossa de cada dia” é um estudo sobre a obra de Nelson, mas incluirá poemas e textos dos próprios atores. A história segue a trajetória de um viúvo, assim como o Herculano, da peça original, que mesmo pertencendo a uma família tradicional acaba se envolvendo com uma prostituta que transforma a sua vida. 

Assim como em “Toda nudez será castigada”, o texto rondoniense que será montado pela Companhia Peripécias, trata de temas caros ao autor, como hipocrisia, falsa moralidade, inveja, culpa, pecado, castigo, religião, desejo, paixão e sexo, sempre presentes no universo rodriguiano. 

Vamos aguardar a estréia de “A nudez nossa de cada dia” para descobrirmos o que nos reservam estes jovens atores que estarão em cena no palco do Teatro do Sest/Senat. Estou ansioso para ver o resultado deste projeto, no mínimo ousado, polêmico e atual que o público de Porto Velho terá a oportunidade de assistir.

(*) O autor é jornalista

Cultura

Sérgio Mamberti
assume a Funarte

Na cerimônia, o Ministro da Cultura, explicou os motivos que o levaram a escolher Mamberti

O ator, diretor, produtor e artista plástico Sérgio Mamberti foi empossado presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, em cerimônia realizada, nesta segunda-feira, 17 de novembro de 2008, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. Bastante emocionado, Mamberti apresentou, em seu discurso, as diretrizes que irão orientar as políticas públicas da Fundação pelos próximos dois anos e foi, inúmeras vezes, aplaudido de pé pela platéia. "É com sincera modéstia que aceito esta incumbência e ofereço como contribuição a experiência que acumulei ao longo de 50 anos de militância por um projeto democrático de cultura para nosso país", disse o novo presidente. 

Mamberti ressaltou a importância de implementar mudanças para reestruturar a instituição, reafirmar sua relevância no cenário artístico e valorizar servidores e corpo gestor. "Será necessário estabelecer prioridades e contar com a colaboração do ministro Juca Ferreira, do sistema MinC, dos servidores, dos poderes executivo e legislativo, da sociedade civil e da iniciativa privada para garantir os resultados esperados". 

O ator afirmou ainda que pretende levar para Brasília a sede administrativa da Fundação, de modo a deixá-la mais próxima do centro de decisões do país. "Mas a Funarte continuará com forte presença no Rio, pois a cidade dividirá o expediente administrativo com Brasília", diz Mamberti, que deseja ainda criar representações da Funarte em outros estados, de forma a garantir maior acesso da população a programas e ações. Atualmente, a Fundação tem sedes no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Minas Gerais e Brasília. Por fim, o novo presidente estabeleceu como metas fortalecer o colegiado formado pelos diretores das áreas de Artes Visuais, Artes Cênicas e Música, e agilizar a tramitação dos projetos inscritos na Lei Rouanet. 

Na cerimônia, o Ministro da Cultura, Juca Ferreira, explicou os motivos que o levaram a escolher Mamberti para o cargo. O novo presidente precisaria ser democrático, ter profunda compreensão da necessidade de se alargar o conceito de cultura e estar aberto ao diálogo com funcionários. "Eis que a imagem grandiosa de Mamberti me vem à cabeça", disse. "É uma emoção imensa ver o novo presidente ser recebido de maneira tão carinhosa por todos os setores que dependem da ação do ministério e da Funarte para desenvolver seu trabalho. Eu só entendo gestão pública assim: quando há intercâmbio não só de projetos, programas, recursos, bens e serviços, mas também de afetos". 

O desejo de todos os servidores em colaborar para a reestruturação da Funarte foi lembrado no discurso da presidente da Associação dos Servidores da Funarte (Asserte), Paula Nogueira. Ela destacou o papel da instituição como formuladora e executora das políticas públicas de cultura nas suas áreas de atuação e chamou a atenção para a importância do servidor. "Não existe política pública sem servidor público e a melhoria dos serviços prestados à coletividade passa, necessariamente, pela valorização dos agentes que prestam estes serviços", afirmou.

Fonte: Sílvio Santos
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