Zekatraca - Lenha na Fogueira 14/08/08

  
Saudades de Rubens Parada

Rubens Parada, figura das mais conhecidas no meio artístico de nosso Estado, há mais de 25 anos habita a seara cultural e, desde muito cedo em Guayaramérin, Bolívia exercita o seu potencial comprovado e inquestionável de grande intérprete. As bandas de bailes, os festivais de música na região fronteiriça Brasil-Bolivia, em nível nacional, nos programas de Flávio Cavalcanti e Chacrinha o festival do Bolero no México e os inesquecíveis shows Americanta nestas paragens de Porto Velho, conferiram ao artista uma das mais ricas trajetórias de que se tem conhecimento aqui por estas bandas. Agraciado pelas autoridades bolivianas no histórico prédio da Unir centro, em Porto Velho, com a comenda de Embaixador da música latino-americana, sempre foi criterioso e perfeccionista, encampando em suas apresentações, o apego á qualidade acima de tudo, não descuidando dos detalhes importantes como figurino, luzes e músicos sempre apurados, sensíveis e preciosos. No seu repertório sempre destacou-se pela preferência aos boleros tradicionais e imortalizados pela interpretação de grandes ícones da música romântica latina. Entretanto, para diversificar e mostrar um pouco de sua pluralidade de artista versátil, Rubens Parada fez ainda passagens por ritmos como o flamenco, a salsa caribenha e o tango numa performance digna de ser prestigiada e admirada pelas mais exigentes platéias. 

Mas em 14 de agosto de 2007, Rubens Parada, foi cantar para uma platéia diferente. Rubens foi cantar seus boleros para o Grande Criador. 

Deixou de cantar e encantar corações com seus shows, seja nas grandes casas ou clubes de Porto Velho, como também nos bares da vida. 

Tiraram o Orismar da presidência da Ordem dos Músicos do Brasil seccional de Rondônia.

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O principal articulador da saída do Orismar da OMB foi o Antônio Oliveira.

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Há alguns meses, Antônio nos procurou com o intuito de denunciar via entrevista as falcatruas, que segundo ele, estavam sendo praticadas na Ordem dos Músicos do Brasil em Rondônia.

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Infelizmente, naquela época apenas o Antônio e o Alkbal Sodré abraçaram a causa da moralização dentro da OMB-RO.

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Inclusive, procurei alguns músicos que atuam no circuito noturno de Porto Velho e nenhum quis respaldar as denúncias do Antônio.

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Naquela época, um conselheiro da OMB Nacional veio a Porto Velho e ninguém entendeu, quando após a reunião com os músicos, o cidadão deu ganho de causa ao Orismar.

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Alkbal, Antônio e uns poucos que não concordavam com a administração do Orismar ficaram decepcionados com a decisão do conselheiro.

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Só que a turma não parou.

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Antônio conseguiu a adesão da Comissão de Músicos do Estado de Rondônia, que tem na presidência o músico Francisco Mendes de Assis.

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O Chiquinho do Cavaco, como é conhecido o presidente da Comissão, enviou documento ao Conselho Federal da Ordem dos Músicos do Brasil com o seguinte teor.

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“Após acompanharmos sem muito interesse, aquilo que parecia ser uma questão pessoal entre o então chefe da fiscalização da OMB/RO Sr. Antônio Soares de Oliveira e o presidente da Ordem dos Músicos, Orismar de Souza Guimarães, resolvemos nos aprofundar na questão e conhecer melhor a situação...

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Assim começa o documento enviado ao Conselho da Ordem em Brasília.

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Atendendo a denúncia da Coordenação, a OMB enviou a Porto Velho o conselheiro Sérgio Agnaldo Almeida Salazar...

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Que reuniu a categoria na noite da última terça-feira no Audicine Sesc e destituiu a diretoria da Ordem encabeçada pelo Orismar.

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Ontem à noite, Sérgio Agnaldo empossou a Comissão provisória da OMB/RO, que tem a missão de em três meses realizar eleição para a diretoria.

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A comissão provisória tem na presidência o Francisco Mendes de Assis – Chiquinho do Cavaco e como tesoureiro o Baaribu Nonato.

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Por lá também estão o Paulinho Rodrigues, Bado, eu e outros músicos.

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O Orismar, segundo tão dizendo, vazou!

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Tem outro detalhe, agora a Ordem RO passa a ser dominada pelos músicos do chamado circuito sofisticado.

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O Orismar só conseguiu ficar por mais tempo à frente da entidade porque enganou os músicos que se dizem tecladistas.

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Pra mim, essa turma não é músico, é técnico em teclado.

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Já que o que eles fazem é operar o teclado.

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Eles encomendam dos estúdios de gravação disquetes ou CDs com as músicas que estão fazendo sucesso e o mais que fazem é operar o teclado que passa a funcionar como se fosse um computador.

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Por isso, eu os classifico como operadores de teclado musical e não como músicos.

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Eles não executam nenhuma música, apenas controlam as músicas que devem ser tocadas pelo “teclado”.

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Agora, a OMB/RO conta com músicos de verdade.

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Músicos oriundos da Escola de Música Jorge Andrade como é o caso do Chiquinho de Cavaco. Baaribu Nonato, Zezinho Maranhão, Bado, Paulinho Rodrigues e outros.

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Vamos deixar essa confusão de lado.

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Para festejar o aniversário do amigo e colega de redação Allan Dantas que está fazendo aniversário na data de hoje.

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Allan é o responsável pela diagramação da nossa página.

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Parabéns BIC! 

Olhos da Mata 

A arte itinerante de
Geraldo Cruz

A exposição viaja pelos Estados de Roraima, Para e Amazonas

A convite do Sesc, o artista plástico Geraldo Cruz, participa a partir do próximo dia 18, do Projeto “Amazônia das Artes”. A trajetória da obra de Geraldo Cruz, começa em Boa Vista, capital do Estado de Roraima onde, além de expor o trabalho “Olhos da Mata”, ministra oficina na qual os participantes terão seus olhos fotografados e depois, servirão de ponto para a composição de um painel que será integrado à exposição. “Esse painel ficará no Sesc/RR”. 

A oficina começa no dia 18 e termina no dia 20. Já a exposição propriamente dita, será aberta no dia 19 deste mês e fica até o dia 18 de setembro, na galeria de artes do Sesc que será inaugurada com a exposição “Olhos da Mata”. 

De acordo com Geraldo Cruz, a exposição segue para Belém onde será aberta no dia 26 de setembro. “Na capital paraense vamos realizar a mesma oficina e, o painel também ficará no Sesc/PA”. 

Em novembro, essa instalação poderá ser apreciada pelo público da capital amazonense. 

A exposição é composta de 15 peças. “Na realidade essas peças fazem parte da instalação “Olhos da Mata” informa o pintor. Os módulos serão instalados num ambiente que será preparado com elementos que compõem a floresta como folhas secas, sementes e outros. Enquanto o visitante admira a obra escuta cantos de pássaros e sons próprios da mata. “Esses efeitos foram todos produzidos no estúdio “Som da Terra”, dirigido pelo Sérgio Santos, em Porto Velho”. 

A exposição aconteceu pela primeira vez na galeria do Sesc Centro em Porto Velho/RO. “Esse trabalho, ou o embrião desse trabalho, foi o cenário que fiz para o show do Laio e do grupo Anjos da Madruga pelo Projeto 5ª Cultural do Basa”, disse Geraldo. Naquela ocasião, prossegue o artista, pintamos apenas quatro painéis, com o sucesso, resolvemos montar a instalação, que agora é composta de 15 módulos, que fazem parte da exposição’, completou Geraldo. 

Como diz o nome, as telas retratam olhos de animais que vivem na selva amazônica. “A maioria são olhos de pássaros, porque as aves, tem facilidade de observar melhor a natureza, mas pintamos também os olhos, de cutia, peixe, jacaré e índio”. 

“A essência da exposição é o olhar dos habitantes da floresta, perplexos e indefesos com a insensatez do homem, que destrói o meio ambiente e em conseqüência destrói a própria vida”. 

Geraldo Cruz – Nasceu no seringal Jumas às margens do rio Madeira e desde criança, reside em Porto Velho. Autodidata com 30 anos de artes plásticas, já participou e realizou várias exposições. Tem em seu currículo vários prêmios. Entre eles, três capas da listel, a lista telefônica da Brasil Telecom; é cenógrafo dos espetáculos do Projeto 5ª Cultural patrocinado pelo Basa e hoje, é diretor da Casa da Cultura Ivan Marrocos além de presidente da Comissão Coordenadora do XII Salão de Artes de Rondônia que vai acontecer no mês de novembro em Porto Velho. 

Fonte: Sílvio Santos