O TEATRO (DE TERCEIRA) DAS PROMESSAS
ELEITORAIS SE REPETE A CADA ELEIÇÃO
Quando candidatos, os políticos sabem muito bem como agradar o povão. Sabem falar a linguagem dele; conhecem suas necessidades, comungam da opinião das maiorias; agradam e enchem de promessa os corações e as mentes dos eleitores. Depois, ah!, depois a história é bem outra... Como se fosse uma peça teatral de terceira, daqueles dramalhões, no primeiro ato, quando quer conquistar o coração da amada, o político faz poesia e declarações de amor. No ato final, depois de conseguir o que quer, dá a ela uma vassoura e um balde para limpar a casa e um ferro para passar suas roupas. É assim que os eleitos se portam, em sua grande maioria, quando chegam ao poder. O raciocínio vem ao caso quando se fala na volta da famigerada CPMF, o terrível imposto, que deveria ter existido para financiar a saúde pública mas que, na verdade, apenas recheou os cofres do governo, entrando na vala comum. E, é claro, nunca sequer amenizou a crise na saúde.
Nas campanhas eleitorais do ano passado, quando lutavam pelos governos estaduais, os então candidatos - e hoje eleitos - jamais falaram que apoiariam a volta de mais um imposto. Aliás, o que se ouvia nos discursos era que o brasileiro já pagava tributos demais. E que a questão da saúde era apenas de gerenciamento. Agora a história é outra. No cargo, os governadores estão pressionando o Congresso para que vote logo o retorno do monstrengo tributário. Todos querem mais dinheiro. Mesmo sabendo o que vai acontecer (a grana não vai para a saúde e não resolverá problema algum, a não ser o da União, que utilizará a arrecadação para cobrir seus furos e manter cada vez mais sua obesidade mórbida), muitos dos governadores eleitos já discursam pela volta da CPMF. O dramalhão teatral voltou com o mesmo final: nós, eleitores, caímos na cantada dos políticos e estamos pagando caro. De novo.
NAMORANDO
O recém criado PSD de Moreira Mendes anda namorando o PSB de Mauro Nazif. Nessa semana, Moreira encheu a bola do médico e deputado federal, afirmando que Nazif é um ótimo candidato à Prefeitura da Capital. Ou seja, já começou acenando com uma proposta concreta de “namoro” político.
ENTRA COM O VICE
Moreira Mendes foi mais longe. Avisa que o seu PSD poderia oferecer o vice numa composição. Nazif, experiente na política, só ouviu, por enquanto. Se o assunto andar, é até possível que os dois políticos, antes em posições muito diferentes, acabem mesmo se unindo. Seguindo, aliás, a tendência nacional de uma aliança entre as duas siglas.
RAIO DA CACHAÇA
A praga da cachaça continua fazendo vítimas no trânsito. Motoristas e motoqueiros saem para os banhos, abusam da bebida e depois saiam pelas estradas e rodovias, pedindo para se acidentar ou ferir alguém. Só no último domingo, foram internadas 44 vítimas no João Paulo II, a maioria de motoqueiros. Três morreram no trânsito, no último fim de semana. Amanhã tem mais. Infelizmente.
NÃO DESISTIU
O ex-vereador e ex-deputado David Chiquilito tinha praticamente desistido de sua eventual candidatura à Prefeitura da Capital. Mas o PC do B, partido do qual está licenciado, não. O presidente da sigla, Manoel Nery, disse em entrevista ao programa Câmera 11, da TV Candelária, que o PC do B fará de tudo para que Chiquilito aceite a disputa. Ou seja, a desistência pode ter sido apenas temporária.
INFERNO SEM LUZ
Há alguns anos, moradores do bairro São João Bosco (antigo Jardim América), vivem o inferno do abandono da ex-Ceron. A população da área aumentou muito, o consumo de energia também, mas o número de transformadores continua o mesmo, há longo tempo. Resultado: pelo menos três vezes por semana falta energia na área, porque os poucos transformadores não suportam o consumo. E o que faz a ex-Ceron? Nada.
CINCO HORAS
Nesta semana, faltou energia durante quase cinco horas no pedaço do São João Bosco que a ex-Ceron faz questão de punir, por absoluta falta de ações que resolvam o problema. Ameaçou uma chuva em Vilhena (é exagero, mas serve para ilustrar o caos)e caiu o sistema de abastecimento na área. Equipe de empresa terceirizada só apareceu por volta das oito e meia da noite. À religação durou cinco minutos. A falta de luz, cinco horas.
TARIFA E CALL CENTER
Gentilmente, Marçal Barbosa, da assessoria de relações institucionais da empresa, enviou email à coluna. Primeiro, contestou a informação de que a tarifa cobrada no Estado é uma das mais caras do país. Na verdade, afirma, com dados que comprovam, que é a 30°. Sobre o call center no Rio, lembrou que a estatal é obrigada a cumprir a legislação, já que a empresa vencedora da concorrência é carioca.
ESTÁ ANIMADO
O presidente do PR, Miguel de Souza, anda animado com as possibilidades que se apresentam a ele, nas últimas semanas, sobre uma eventual candidatura em Porto Velho. Dizem que há pesquisas do PR com dados otimistas. Miguel se move. Hoje de manhã, comanda mais uma reunião do seu partido na Câmara Municipal de Porto Velho. O tema eleições 2012 será a tônica, é claro.
.jpg)
