NAS PESSOAS DE BEM, CORRE UM FRIO NA
ESPINHA E DÁ UM GOSTO RUIM NA BOCA
Quando se tem acesso aos detalhes desse grande volume prisões feitas pela Polícia Federal nessas várias operações, em Rondônia e país afora, corre um arrepio pela espinha da gente. Não porque a PF utiliza moderna tecnologia para conseguir suas provas; não porque há farto material que incrimina os denunciados; não porque foram desviados alguns milhões de reais. Não é isso. O que entristece, apavora, faz mal, enraivece, desanima, é a gente saber que tantos homens e mulheres que escolhemos para nos defender, para falar por nós, para nos representar, 
para combater as injustiças, para não permitir que fiquemos órfãos perante a maldade, que deveriam nos proteger, passam longos meses e até anos de suas vidas, apenas tratando dos seus próprios interesses. Contra nós. E dirigem sua vitalidade, sua inteligência, seus esforços não para nós, povo comum, que tanto precisamos deles, mas sim para nos enganar, para enriquecer, para tomar o dinheiro que, se bem aplicado, poderia ajudar tanta gente.
É um gosto ruim que nos enche a boca, é um lamento que nos congela o coração, é uma falta de esperança que nos faz pensar o quanto somos ignorados, maltratados, feitos idiotas, por gente em que tanto acreditamos e em quem depositamos nossa maior confiança: o nosso voto. Não há como recuperar a esperança perdida? Talvez haja. Temos que ser menos ingênuos, desconfiar mais de promessas e orações vazias; dos discursos que fazem bem ao nosso ouvido e nos convencem com tanta facilidade. Há sim, temos que acreditar, gente muito melhor para nos representar. E não nos trair. Temos que peneirar, selecionar, olhar o passado de cada um que nos venha pedir nosso voto. É difícil? Claro que é. Mas quando sofremos um abalo tão grande, é exatamente a hora em que devemos rever nossos conceitos. Eles nos engaram. E nós nos deixamos enganar. E só nós, povo, podemos acabar com essa podridão.
TERMÓPILAS
Ouve-se, aqui e ali, que a Operação Termópilas, realizada pela Polícia Federal e outros organismos, num total de mais de 300 pessoas trabalhando no caso, vai acabar em pizza. É bom que ninguém se engane. O volume de provas é tão grande, o número de envolvidos tão surpreendente, que, tudo indica, o caso recém começou. Vem muito mais por aí.
NOVO QUADRO
Não há dúvida de que a repercussão do caso envolvendo tantos deputados, possa mudar o quadro que estava se desenhando para as eleições de 2012, tanto na Capital como no interior. Alguns acordos que foram firmados não poderão mais ser cumpridos, algumas lideranças já não serão lideranças daqui para a frente. A operação policial que envolveu deputados e Assembleia vai sim, influir diretamente na disputa pelas Prefeituras
SAÍRAM GANHANDO
Quem nada teve a ver com o episódio, como o deputado federal Mauro Nazif, o ex-deputado Lindomar Garçon e a ex-senadora Fátima Cleide, certamente serão beneficiados nessa batalha. Com relação a José Hermínio Coelho, agora no comando da ALE-RO, não se sabe ainda até que ponto sua saída do PT afetará suas pretensões. Mas o fato de estar totalmente fora do esquema derrubado pela PF o ajudará muito, certamente.
SANGUE NA ESTRDA
E a temida BR 364 continua fazendo vítimas. No final de semana, só num acidente, foram nove mortos. Uma família inteira desapareceu do mundo e pelo menos quatro pastores evangélicos também. É assim quase todos os dias. Em algum ponto da BR, alguém perde a vida. Não há mais o que dizer. A hora é de agir. Duplicação já. Melhor sinalização, mais fiscalização. Pelo fim das mortes.
RANGER DE DENTES
No governo, a expectativa é em torno de profundas mudanças programadas para o começo de 2012. Haverá uma redução de secretarias, de CDs e muita gente que estava se achando, vai acabar na rua da saudade. Poderosos de hoje, descerão a ladeira em termos de mando. Tudo está sendo projetado em um local isolado, incerto e não sabido, escondido a sete chaves. Quando o projeto for apresentado, vai haver ranger de dentes, sem dúvida.
MAIS ENXUTO
Para a comunidade, rondoniense, as medidas que Confúcio Moura vai anunciar em breve, os resultados serão muito positivas. A ideia é ter um Estado mais enxuto, menos burocrático, com menos gente mandando e desmandando. Ecom menos gastos com os famosos cargos comissionados. Haverá também terceirizações em algumas áreas. Não vai demorar muito.
ABELARDO
No PMDB de Porto Velho, fala-se pouco da porta para fora, mas internamente, o debate é intenso sobre quem deverá ser o candidato do partido à Prefeitura. Os peemedebistas tradicionais não querem saber de aliança, a não ser que encabecem a chapa. E já tem um nome: o do atual secretário de Obras, Abelardo Castro Neto. Por enquanto, David Chiquilito só tem a simpatia de alguns membros importantes da cúpula do partido.
PERGUNTINHA
Será que chegaremos ao Natal sem nenhum novo escândalo ou prisões de mais corruptos?
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