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Roque

gillettePRESS - CRISE, SINÔNIMO DE MUDANÇAS



- Professor Osmar Coutinho, o cliente passa na frente da vitrine, chega às vezes a entrar em nossa loja, manuseia os produtos, pergunta o preço, e muitas vezes acaba saindo sem comprar nada.                                            

Gostaria que o senhor me ajudasse com este problema.
Se continuar deste jeito professor, vou acabar falindo e o pior, não sou só eu que penso assim.
Será que o problema é com os clientes que estão mais exigentes ou será que é comigo?
Será que devo investir mais em treinamento profissional?


Após ouvi-lo com carinho e atenção, comentei:

_ Caro amigo: não há crise, no mercado só existem dois tipos de empreendedores:


Os que choram e os que fazem lenços para os que choram.
Vamos relembrar um pouco o seu passado.

Lembra-se quando iniciou as suas atividades comerciais?
Você tinha garra, amor e muita, muita conta para pagar; mesmo assim ficava todos os dias na porta da sua loja sorrindo para quem passava. Convidava os clientes a entrarem, acompanhava-os sempre durante a compra e após comprarem ou não, agradecia sempre. Às vezes, até os pacotes ao carro do cliente você carregava. Sempre mimava-os com balas, pirulitos, balões e você jamais esquecia de agradecê-los por terem escolhido a sua loja dentre centenas ou milhares que você sabia que vendiam o mesmo produto/serviço.
Não tinha um dia em que o cliente não encontrava promoções fantásticas e principalmente a equipe motivada e comprometida, a qual você sempre defendeu com unhas e dentes fazendo de tudo por eles?
E quando você ficava horas esperando o telefone tocar mesmo sabendo que muitos clientes não conheciam a sua loja?
Participava de todas as atividades organizadas pelo seu órgão de classe e dava sugestões para melhorar as campanhas novas da cidade e para estimular as vendas no comércio em geral.
E hoje meu amigo? Não vamos generalizar, mas como estão as coisas com você?
Quando o cliente passa na vitrine, você o aborda com o mesmo sorriso de antes ou muitas vezes você não está na loja ou até chega atrasado?
Quando ele entra e resolve falar com você, você está sempre disponível ou está muito ocupado?
Quando o telefone toca, você grita: alguém vai atender ou não?
Quando o funcionário é convidado para um treinamento, você costuma dizer que tudo isso é bobagem e que se ele for, vai ter que pagar do seu próprio bolso?
A associação, o cdl ou o sindicato o convida para uma reunião e você só aparece no dia de São Nunca?
Quando é aniversário de um funcionário você costuma perguntar quem é que vocês acham que vai acabar pagando
esta festinha?
Será que existe crise ou já está na hora de você rever os seus conceitos e aceitar as mudanças?
_ Veja bem, você perdeu a paixão e o amor pelo que faz? Tem medo e sente-se inseguro com as mudanças?


Conclusão:
Quando perdemos o entusiasmo e a auto-estima fugimos dos nossos amigos, ficamos críticos e reclamamos de tudo e de todos, pondo a culpa do nosso fracasso na associação, no cdl, ou no sindicato e até mesmo no governo.
Somente com a ajuda da nossa família, amigos e funcionários e principalmente mudando as nossas atitudes é que poderemos reverter esta situação e voltar a empreender com imaginação, amor e sucesso.
Quando a coisa está mal, refletimos em nossos funcionários e estes refletem com a mesma intensidade nos clientes os quais somem como “rastilho de pólvora”.

                                    
Poucos empreendedores são bem sucedidos por estarem predestinados, 
a maioria por serem determinados.
                            
                                                     
Prof. Osmar Coutinho – Conferencista.

 

Fonte: Antonio Roque Ferreira

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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