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Renato Gomez

‘I’ AGORA?



IPTU, IPVA, ICMS, IRPF, IRPJ, ISS, IPI, “IPREVIDÊNCIA”..., são tantos Is (leia-se impostos, taxas, contribuições e tudo que é pago pelo trabalhador por Imposição da lei) que duvido que a maioria dos brasileiros saiba o significado de todas as siglas que paga.

Uma família “tradicional” com pai, mãe e um casal de filhos, onde o pai e a mãe trabalham com rendimento de um salário mínimo cada, mantém os filhos na rede pública de ensino, dispõe de casa financiada por programa de habitação, carro financiado na época do IPI reduzido (isto já seria utopia considerando a renda de 02 salários mínimos), consegue pagar todos os impostos em dia, e ainda manter um padrão de vida razoavelmente bom? Não, nem teria casa, muito menos carro. Pagariam aluguel, andariam de ônibus e não conseguiriam pagar os impostos em dia. Opa! Por que estou falando no Pretérito Imperfeito? Isso é presente, é realidade.

Os Is vivem aumentando, mas o salário mínimo caminha a passos de tartaruga, se colocássemos na ponta do lápis, qual o percentual do nosso salário que gastamos com impostos implícitos em tudo que consumimos, não precisaríamos ser matemáticos ou contadores, para saber que a maior parte do nosso salário se destina ao pagamento dos Is, principalmente os que estão embutidos no preço de produtos e serviços.

Não precisamos de pesquisa para saber que o povo está cada vez mais endividado, e é isso que gera a Inadimplência, com o número demasiado de Is, e o baixo Índice de aumento do salário, o contribuinte acaba optando pelas necessidades básicas, uma vez que o retorno dos Is nos serviços públicos contínua melhorando no mesmo Índice do salário, ou até menor (se é que é possível). Aí vem os governantes culpar a Inadimplência dos Is pela dificuldade de administração da máquina pública, pelas deficiências nos serviços públicos. Sim, a culpa é nossa, não sabemos votar. Não estou defendendo a sonegação de impostos, mas criticando a sonegação de serviços públicos de qualidade por parte do Estado. Pagamos impostos para bancar as mordomias de políticos, os salários autos, os fantasmas, o nepotismo... Enfim, toda a sujeira que criticamos, mas financiamos sem perceber. Passamos a vida trabalhando para um futuro tranqüilo, uma aposentadoria digna, mas financiamos aposentadorias para homens que “trabalham” quatro anos, e muitos de nós morrem à míngua.

Pelo menos pra sonhar ainda não pagamos imposto, então sonhemos com o dia que os impostos serão mais baixos e os salários mais altos, e poderemos contar com serviços públicos de qualidade, que farão valer cada centavo destinado aos Is. Por ora, vamos criar um fundo destinado às horas de apuros financeiros que o trabalhador tem que passar em função da relação Impostos autos x salário baixo x serviços públicos deficientes. I AGORA?

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Fonte: Renato Gomez - [email protected] / Twitter: @Renato_Gomez
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