Segunda-feira, 16 de maio de 2011 - 06h38
O mercado de trabalho cada vez mais concorrido. As relações sociais ficando cada vez menos estreitas e sem contato físico, estando rodeado somente de amigos virtuais. Sair cedo quando ninguém acordou, e chegar tarde quando todos dormem, levar trabalho pra casa. O acumulo de atividades, as atividades acumuladas, nossas vidas globalizadas, somos cosmopolitas. A segunda-feira estressante, a espera depressiva pela sexta-feira, o final de semana. Levar trabalho para casa. Pegar uma balada, um programa divertido com as crianças ou amigos? Não, trabalho no computador. Amigos, só virtuais. No final de semana descansamos da semana, mas quando descansamos do final de semana? E lá vem a segunda-feira estressante, a semana estressante, o final de semana depressivo. Um turbilhão de coisas, cada vez mais trabalho e menos relações sociais.
Quem ai nunca se auto-diagnosticou ou diagnosticou alguém quanto ao Stress e a Depressão? Ta na moda. Sim, virou moda, fulano ta estressado, cicrano entrou em depressão, com base apenas em um momento de nervosismo ou tristeza. Viraram moda porque se tornaram refúgio para atitudes explosivas ou reprimidas, criando uma justificativa para não agüentarmos a pressão cotidiana, o fato é que muitas vezes não existe doença do ponto de vista médico, mas no ponto de vista social, no modismo, o individuo não hesita em afirmar estar depressivo ou estressado, criamos o ambiente propicio pra isso ao nosso redor, nos isolamos em função de atribuições cada vez maiores e mais complexas, causando essas doenças sociais.
Agindo assim, acabamos por transformar a doença social, e ficarmos doentes de fato. Que tal, ao se sentir estressado, reorganizar as tarefas, ao se sentir depressivo, chamar os amigos para um “Happy Hour”. Reservando algumas horas para criar um ambiente de vida, afastando doenças sociais e qualquer outro tipo de doenças oportunistas, que se aproveitam de nosso estado emocional.
A sociedade precisa acordar para as doenças que está criando, é necessário reavaliar o aproveitamento e a divisão do tempo, priorizar a qualidade de vida, ou os super-homens e super-mulheres de hoje serão os super-estressados-depressivos de amanhã. E a moda será ser robô, viver mecanicamente, aceleradamente, virtualmente. Viva a sexta-feira. Viva o sábado. Viva o domingo! Viva! O fim de semana!
Ah, hoje é segunda feira, e lá se foi o fim de semana! Oh, sexta feira chegue logo, pois estamos estressados dos dias depressivos de trabalho! Ou será que estamos depressivos pelos dias estressantes de trabalho? Que tal fazermos de nossas vidas um motivo pra viver e não um motivo pra morrer?