Quarta-feira, 13 de abril de 2011 - 11h34
Confetes!!! Confetes!!! Confetes!!! Serpentinas e mais Serpentinas. É Carnaval, a festa da carne, dos prazeres. Antes, no termo “leve da coisa”, prazer de comer carne antes da quaresma e da páscoa, simplesmente festejar antes do período de reclusão religiosa. Agora, no termo “pesado da coisa”, os prazeres da carne, a sexualidade, a carne, o silicone, o anabolizante desnudos.
E por falar em anabolizantes, se a pipa do vovô não sobe mais, confete azulzinho!!! E se a ressaca no outro dia der amnésia é melhor ter usado camisinha! Doutor, eu não me engano se o coração é corintiano nunca libertará as dores... (essa foi infame, mas inevitável para um São Paulino). A bruxa vem ai e não vem sozinha, vem na base do saci, só não pode vir largando brasa no cachimbo da vovó, nem usando talco ou confete com smile. Gigi, eu chego lá, me da uma colher de cerveja...
Carnaval, futebol, não mata, não engorda e não faz mal!!! Então, daí ao Rei Momo o que é do Rei Momo e a Deus o que é de Deus! E ao Rei Momo coube o carnaval, e a julgar pelo Rei Momo, carnaval engorda!!! Afinal, na terra de Rei Momo o ano só começa na Quarta-Feira de Cinzas e depois do meio-dia. E, enquanto a quarta não chegar, o galo só canta nas madrugadas, a partir da meia-noite, aqui na terra do sol vivente. E de colher em colher de cerveja, vamos levando esse período até o ano começar.
Vamos trocar a noite pelo dia, e nos blocos, desfiles e avenidas, tomem cuidado com o trio: Pierrô, Arlequim e Colombina!!! Em triângulos amorosos tudo pode acontecer, inclusive nada. Mas vale a atenção, para a festa não virar uma tragédia Shakespeariana. Recomendam-se Colombinas maiores de idade, e Pierrôs e Arlequins que saibam perder a disputa. E se estes não quiserem Colombinas com surpresinha, é melhor não beber demais. E se beber, não dirija nem trios elétricos. E se não gostar de carnaval, não vá!!! Fique em casa!!! Viaje!!! Fique à toa!!!
E eu estava à toa na vida e o meu amor me chamou pra ver a banda passar cantando coisas de amor. Fui, afinal, vai quem quer, foi quem quis. Tinha gente de toda cor, gente de toda fé, e por traz de abadas, fantasias, trios elétricos e alegorias, que o preconceito cai. Sem perceber todos se tratam como iguais, até as substâncias químicas virarem ressaca, e esta nos devolver nossa alucinada consciência preconceituosa. Nessa mistura incondicional, o que mais chamou a atenção de todos, não foram as presenças ilustres e exóticas, mas uma ausência, melancólica e permanente, a banda não tinha mais seu maestro, que ao invés de Malandro era um Mané... Manélão... Adeus!!!