UMA ELEIÇÃO IMPREVISÍVEL

Esta eleição, em seu primeiro turno, para prefeito de Porto Velho é, de fato, uma eleição imprevisível. Não se dúvida de que as pesquisas, quando bem feitas, sejam um indicador confiável dos resultados, mas, efetivamente, não se crê que as que circulam pela cidade sejam bem feitas. E nem se fale que são registradas no Tribunal Eleitoral. Que são, ninguém discute, são, porém, bem se sabe que não há acompanhamento delas. E mais ainda que algumas, quando não são alteradas com intenções duvidosas, são feitas de uma forma, para ser ameno, pouco científicas. A maior comprovação de que são pesquisas caça-níqueis reside, por exemplo, de querer se dar credibilidade as pesquisas feitas para vereador. A cristalina verdade é que, para fazer uma pesquisa para vereador que se pudesse ter condições de credibilidade, para se ter uma amostra válida, se gastaria tanto que ninguém paga. E, no entanto, toda semana publicam pesquisas com fulano ou sicrano na frente.

A eleição, no entanto, importante é mesmo a majoritária. E esta, sem pesquisas de boa qualidade, pois, nem mesmo os maiores interessados contrataram ou levaram em consideração que precisam ter dados confiáveis, há uma imensa nebulosidade em que é que vai resultar. A rigor, como Mauro e Roberto Sobrinho possuem um eleitorado cativo, o natural seria que estivessem na frente, mas, as taxas de rejeição que apresentam colocam ambos em uma posição difícil. Não será surpresa se ambos estiverem fora do segundo turno, mas, também o mesmo ocorre se estiverem dentro. Especialmente no caso do atual prefeito, de vez que a máquina pesa e o peso da máquina é que ainda pode fazer com que, no fim, consiga fazer com que Mauro chegue ao segundo turno, embora os seus apoiadores tentem vender a lenda de que, por causa da fragmentação, não haverá segundo turno. Cada qual acredita no que quer. O que fica evidente é que os dois não estarão dentro juntos. E serão os melhores adversários para quem entrar com qualquer um deles. Pimentel e Leo aparecem como melhor situados para isto e, se houver mesmo um crescimento de última hora até podem entrar os dois. Hildon é a completa imprevisibilidade. Não parece ter conseguido ir muito longe, mas, há muitos eleitores calados. E, como ninguém sabe o que calado pensa, de repente, apesar de não ter sido muito feliz, podem querer apostar no desconhecido e no improvável. De forma que não há favoritos, embora seja muito difícil imaginar que, por exemplo, Pimenta ou Ribamar possam mesmo aspirar a ser uma opção dos eleitores de última hora. Somente se for pelo voto de protesto, mas, há indicações qualitativas de que, quem não optar por um dos candidatos ditos viáveis, irá mesmo é votar em branco ou anular o voto. O certo é que, em cima da hora, ainda existe uma larga, imensa mesmo, faixa de eleitores que não definiram em quem vão votar. Sinceramente não dá para, com isenção, dizer que vai dar Zebedéu ou Zabelê. Vamos ter mesmo que esperar pelas urnas.