Terça-feira, 25 de dezembro de 2007 - 11h40
A cidade de Porto Velho vive hoje uma situação de absoluta tragédia do ponto de vista da segurança do cidadão comum. Roubos e assaltos tornaram-se corriqueiros no dia-a-dia do cidadão que vive na cidade ou em sítios adjacentes. Todo final de semana os bandidos atacam sítios nos arredores da cidade e residências dentro da cidade. Matam sitiantes, saqueiam casas e assaltam desavisados com a naturalidade de quem vai a um caixa automático de banco para pegar algum dinheiro. Ultimamente entrou em moda o crime de morte por encomenda, quase sempre nas áreas mais centrais da cidade, onde os matadores de aluguel se movem com a liberdade de um caçador no meio da selva. E o mais interessante é que no Brasil ninguém pode mais caçar dentro da lei um tapir, um veado, um caitetu, uma cotia ou outro qualquer animal selvagem, mas os matadores caçam gente sem o menor embaraço. E caçam gente indefesa, pois ao cidadão de bem não é permitido o uso de uma arma de defesa, ou melhor, é permitido de mentira, pois os entraves burocráticos para obter a licença legal de uma arma são tantos que bem poucos têm condições de conseguir vencer esses entraves burocráticos para licenciar uma singela espingarda chumbeira.
Já para os bandidos, que nunca dependeram de licença alguma do Estado para possuir armas de todos os calibres, permitidos ou não, as coisas vão de vento
Afora os crimes violentos, Porto Velho convive com o problema das quadrilhas mais sofisticadas, especializadas em golpes mais elaborados, muitas delas montadas com a aparência legal de empresas, com registro na Junta Comercial e CNPJ, não raras vezes usando como laranjas nomes e documentos de pessoas honestas dos quais se apropriaram das mais diversas formas, inclusive pela via de assaltos a residências ou mesmo assaltos de rua. Aliás, em se tratando de quadrilhas, há quadrilhas de todos os tipos operando na cidade de Porto Velho, algumas estruturadas para cometer crimes variados que vão do lenocínio ao assassinato, do roubo qualificado ao assalto à mão armada, caso da quadrilha à qual Jamile e outras meliantes pertencem, sendo mais que certo que Jamile não é a chefe de nada, mas sim mero peão no tabuleiro do crime organizado, reles agente no ramo do lenocínio e do golpe do Repinol, raia miúda sob a liderança de algum chefe criminoso, astuto e perigoso, muito provavelmente infiltrado em algum vistoso segmento social de Porto Velho, passando-se por empresário ou autoridade (inclusive há um que se diz da Polícia Federal) enquanto opera com a maior liberdade as mais diversas modalidades de crimes.
Não há negar que Porto Velho está muito bem policiada agora na quadra de final de ano, com muitas duplas de policiais militares bem visíveis por quase todas as esquinas. No entanto, como o efetivo da Polícia Militar está defasado já há muitos anos, é mais que evidente que esse esforço de policiamento ostensivo será limitado a alguns poucos dias, pois não há reservas de contingentes para substituir os policiais que atualmente estão dobrando serviço. Como qualquer grupo de exército sem reservas torna-se presa fácil do inimigo (lembremos por oportuna a lição da fragorosa derrota dos franceses
Fonte: MATIAS MENDES - matiasmendespvh@gmail.com
Membro fundador da Academia de Letras de Rondônia.
Membro correspondente da Academia Taguatinguense de Letras.
Membro correspondente da Academia Paulistana da História.
Membro da Ordem Nacional dos Bandeirantes Mater.
Membro do Instituto Histórico Geografico de Rondônia
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