Sexta-feira, 31 de março de 2017 - 19h29
Não se sabe ainda se a justiça acatará, toda ou em parte, a ação civil pública por ato de improbidade administrativa apresentada pelos procuradores da Lava Jato contra o Partido Progressista, o PP, e 10 políticos da legenda.
Mas o impacto da cifra que os procuradores cobram do partido assusta. A causa soma mais de 2 bilhões de reais, destrinchados em 460 milhões por danos morais decorrentes de prejuízos causados à Petrobras; 1 bilhão e 381 milhões de multa civil, o que equivale a três vezes o valor do enriquecimento ilícito de políticos do partido apurado ao final da instrução processual e 460 milhões de reais por danos morais causados à coletividade.
É para fechar as portas, mesmo que o coordenador da Força Tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dellagnol, tenha dito que não é objetivo do Ministério Público Federal inviabilizar a atividade político-partidária.
A ação não pede a suspensão de recursos do Fundo Partidário, mas com a proibição de se fazer doações privadas para campanhas, como o partido irá pagar essa bilionária conta?
Essa é a primeira investida concreta contra um partido adotada pela Operação Lava Jato. A intenção havia sido anunciada há meses.
Abriu caminho para processar também o PT e PMDB, duas máquinas partidárias unidas em projeto de poder que produziu, no âmbito da Petrobras, o maior saque à empresa em todos os tempos.
A justiça irá se pronunciar sobre a forma como irá executar a ação, algo inédito e que coloca em xeque a sobrevida de partidos que preservaram tão somente entre suas funções a principal e insubstituível delas – na democracia representativa são os protagonistas -, a disputa de poder.
É da natureza da disputa eleitoral alcançar o poder. Mas a distorção do processo, contaminando valores democráticos associados à disputa e a relação que deveria ser firmada com o eleitor, chegou a um limite insuportável.
Permanecer no poder para o PT passou a ser, durante 13 anos, mais importante do que criar uma alternativa civilizatória para a nação Brasil. Quem o diz? Frei Betto, um amigo de primeira hora de Lula. Irretocável.
Única das legendas nascidas fora do parlamento, portanto comprometidas com os ideais populares, o PT preferiu abandonar sua história e apostar na ética de que os fins justificam todos os meios, piorando em muito a máxima política ao constatarmos que os fins vislumbraram longa permanência no poder, produzindo um legado de corrupção elevada, retrocesso econômico e descrença.
Vistos tradicionalmente no Brasil de maneira negativa, os partidos são pouco institucionalizados e parecem, cada vez mais, não haver diferença entre eles. A cada pesquisa, são as instituições de menor credibilidade entre a população brasileira.
A ação da Lava Jato contra o PP talvez sirva, no Brasil de vocação para soluções jeitosas, as quais criam novos problemas e provocam impunidade e injustiça, para que os partidos políticos reflitam sobre seu papel em tempos tão difíceis.
Para que servem? Para uma disputa de vale-tudo, com intuito de controlar governados e recursos do Estado? É algo vital para que a população tenha consciência das vantagens de uma democracia, mesmo imperfeita.
Email: [email protected]
Sinjor promove, nesta quarta, 11, Roda de Conversa “A Mulher no Jornalismo”
Integrado às atividades que estão sendo realizadas em todo o país sob coordenação geral da Comissão Nacional da Mulher da Federação Nacional de Jornal
Feliz ano novo amigos! Mara Paraguassu
Feliz ano novo amigos!
Mais do que merecido - Por Mara Paraguassu
O nosso aguerrido contador de histórias Montezuma Cruz, repórter de excelência, foi homenageado pela Câmara de Vereadores de Teodoro Sampaio (SP) no
PMDB de Ariquemes lança o nome do governador Confucio Moura ao Senado Federal - Por Mara Paraguassu
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({}); PMDB de Ariquemes lança o nome do governador Confúcio Moura ao Senado Federal. (adsbygoogle = windo