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Leo Ladeia

POLITICA & MURUPI 20/04


        POLITICA & MURUPI

 

FRASE DO DIA

 

"Agora não pode por causa do bagre, aí jogam o bagre no colo do presidente. O que eu tenho com isso? Tem que ter uma solução" – Lula irado com o atraso na construção das usinas do Madeira.

 

Pauta Política de 01 a 10

 

01-CIDADANIA – Ação civil pública.

Difusos são todos os interesses relacionados a um bem indivisível, que não pode ser atribuído em sua totalidade ou em partes a qualquer dos interessados. Os sujeitos relacionados aos interesses difusos possuem variável grau de determinação, sendo, no entanto, impossível sua atribuição individualizada a qualquer deles. Coletivos também têm objeto indivisível, mas contrariamente aos difusos, podem ser atribuídos a um grupo ou uma classe. O CDC introduziu uma nova categoria os interesses individuais coletivos que iremos abordar depois.

 

02-Palpite infeliz:

Representar seu estado é a principal função do senador da República. Um senador defende e representa apenas os três poderes do seu estado. Não representa o povo. Quem representa o povo são os deputados. A partir daí então, só posso entender como uma declaração infeliz, a entrevista do senador Expedito Jr.à Rádio Senado, quando disse que no TSE teria um tribunal isento e que o TRE daqui estaria movido por querelas da Operação Dominó. Isso nos levaria a concluir que haveria a ação deliberada para prejudicá-lo ou ao governado Cassol, o que chega às raias da paranóia.

 

03-A justiça e a cabala:

Pouco afeito às questões esotéricas, volto ao julgamento por sete a zero que não é comum e se dá quando é pacífico o entendimento pela quantidade e qualidade de provas. Supondo porém, que existisse o "animus furibundus", convenhamos que sete respeitáveis magistrados não arriscariam suas reputações, sabendo de antemão que seriam derrotados na próxima instância, até porque, mesmo os circunspectos juízes togados, sabem que "sete é conta de mentiroso". Deixando de fora a cabala, o caso em termos políticos é um desastre e em termos de justiça, a cabala ensina que tudo pode acontecer.

 

04-Índio birrento:

Demorou mas a ficha começou a cair e Lula descobriu que com o Evo Morales o buraco é mais embaixo. A pouco tempo Lula entrou numas de fazer reforma agrária "en la outra banda" e liberou uma grana preta para assentar brasileiros na faixa de fronteira. Ou grana não chegou ou Evo achou que era uma micharia e no estilo "devo não nego", disse que vai pagar as refinarias da Petrobrás, mas não pelo valor estipulado. Lula irou, cresceu pra cima do Índio Velho, falou grosso mas era tarde. A Bolívia sabe como nos fazer de gato e sapato e na cola estão Argentina, Paraguai, Venezuela, Colômbia, o México, Haiti, China, Angola, etc, etc, etc.

 

05-Mais uma ficha que cai:

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, começou a entender do riscad de sua pasta. Ao falar sobre as invasões de terras, Cassel disse que não há um "diálogo franco entre o governo e o MST" e mais: "Não só eu, mas toda sociedade brasileira está ficando cansada dessa retórica vazia do MST que sempre vira as costas para a realidade, para justificar seus atos. Todo mundo sabe que o governo, investiu como nunca em reforma agrária e agricultura familiar". Se Cassel continuar com o discurso, vai descobrir que o problema tem solução. Basta cumprir a lei quando houver invasões e reduzir as cestas básicas. É fácil, fácil.

 

06-Discutindo a relação:

Demorou menos de uma semana a lua de mel do PMDB com o governo, e como em qualquer casamento, a crise começa pelo bolso. Depois do jantar dos"100% de votos", a bancada entrou no desespero, pois as nomeações do segundo escalão continuam paradas. Irados, os deputados baixaram o nível, chamaram o ministro Mares Guia de "embromador" e pegaram pesado com Michel Temer: ou saem as nomeações ou parte da bancada do PMDB vai se declarar "independente". Por via das dúvidas, Lula já chamou Tasso do PSDB para conversar.

 

07-Virando a casaca:

Reunido ontem com o Conselho Político, Lula, irritado com a licença ambiental para as usinas do Madeira, subiu o tom, atacou o Ibama e disse que terá uma reunião "muito dura" com a ministra Marina e diretores do Ibama. Para Lula, atrasos na construção das usinas atrapalham o PAC e trazem riscos de apagão a médio prazo. Lula quer solução e não admite a recusa ou atraso na liberação das licenças. Até a demissão de Marina Silva foi considerada, e fiquei de cara com a realidade. Sem Marina Silva e com puxão de orelhas no Ibama, me descobri lulista de carteirinha. Desculpe Marina mas, estou de mal. De mal com você...

 

08-Um prato cheio para o PMDB:

Lula chutava o "pau da barraca" na reunião do Conselho quando a líder Ideli Salvati, se disse preocupada com um demissionário do Ibama. "Em vez de problema, talvez isso seja solução", soltou Lula no "pau da venta" da senadora. Foi a senha: O PMDB pegou o mote e indicou o nome do Priante, sobrinho de Jader Barbalho para substituir o demissionário. Sugestão do PMDB para Lula: adotar o destravamento para pendências ambientais que atrasam obras prioritárias. Era tudo o que Lula queria ouvir. Era  mais um cargo que o PMDB precisava.

 

09-O embrião da operação mãos limpas?

Relatórios da PF da Operação Furacão levantam a possibilidade de que outros magistrados estariam a serviço do crime na tarefa de conceder liminares favoráveis às casas de jogos. Na transcrição de conversa telefônica, surge o nome da juíza estadual Sônia Maria Garcia Leite Machado, que receberia pagamento do agente policial Marcos Bretas. "Nesse telefone aqui eu não quero que você me dê o n° da conta, agora não. Vou ver se eu te ligo de outro, para você me dar a conta. Vou botar na do teu pai" diz Bretas. O inquérito mostra a ligação de ministros do STJ e advogados. Uma frase é assustadora: "o ministro pediu 30% de goma para ele".

 

10-Silêncio quebrado:

Seis dias após a prisão de 25 pessoas na Operação Furacão, o STJ quebrou o mutismo sobre o envolvimento de um de seus integrantes, ministro Paulo Medina, e pediu ao STF a cópia do inquérito para decidir sobre providências. O presidente do STJ, ministro Raphael de Barros, pediu ao ministro do STF Cezar Peluso, relator do inquérito criminal, cópia dos autos "diante do noticiário que vem sendo veiculado na mídia, envolvendo membro desta corte" Até que enfim mas, demorou.

 

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