POLÍTICA & MURUPI 11/09

POLÍTICA & MURUPI

FRASE DO DIA

– “O governo federal conseguiu inaugurar o "trem-bala" oito anos antes do previsto”.  - Deputado Luiz Carlos Hauly do PSDB-PR, sobre o tiroteio que surpreendeu os ministros no trem no Rio de Janeiro.

Pauta política de 01 a 10

01-Nunca mais o mundo foi o mesmo:

O rato feriu o leão de morte. No dia 11 de setembro de 2001, um grupo de fanáticos perpetrou uma ação contra seu arquiinimigo. Tudo preparado e feito ali nas barbas dos “secretas” do FBI e da CIA, no coração dos EUA. Pior: passados todos estes anos o mentor Bin Laden continua brincando de Tom & Jerry e debochando. Mas o mundo mudou a partir daquela data. Ninguém está a salvo da violência dos loucos. Nem aqui, onde a loucura não envolve religião, mas tem deuses de nomes comuns, endereço e CPF. São de carne e osso, paraestatais e são mantidos por suas próprias vítimas. Quem cheira, não percebe, mas financia o tráfico e a violência.

02-O pirata venceu:

Acossado na porta, onde espectadores disputam espaços com os camelôs de CDs piratas, o Cine Brasil vai fechar as portas. Anunciam o fechamento também, as locadoras de vídeos. Nas calçadas da Avenida Sete, já é impossível se caminhar e difícil entrar em alguma loja. Pessoas deixam a calçada para os camelôs e vão para a rua disputar espaço com carros. A cada vez que se fecha um cinema, perde a cultura, a economia formal e o público. No caso em pauta pessoas de baixo poder aquisitivo, freqüentadores do Cine Brasil. Ganha apenas o pirata, perde o poder público, a cidade, o povo a história. Será que vale o custo? Uma pena.

03-As fantásticas fitas fantásticas:

Começou ontem, sem a presença da imprensa, a audiência pública para oitiva dos deputados de Rondônia grampeados pelo governador Cassol. O fato que deveria receber ampla cobertura da mídia está passando como coisa corriqueira, sem o sucesso que fez no passado. Não atino para a razão da imprensa não participar, se a audiência é pública, com fatos do conhecimento de todos. Não entendo também o quase total silêncio da imprensa sobre o fato. Enquanto saem matérias sobre o tempo, friagem, seca, nossa imprensa se mantém árida, seca, sobre as fitas.

04-Desassombrados:

O recado foi dado à comitiva e o fato do governador não ter feito a viagem é um indicativo. Sem medo, bandidos cariocas metralharam o trem onde estavam dois ministros do governo Lula que passaram pelo constrangimento de ficarem deitados no chão para fugir das balas. A viagem não estava programada, nem aconselhada. A polícia avisou que não havia segurança para as autoridades. Depois do ataque uma operação foi montada às pressas e sem planejamento. Uma pessoa morreu e os responsáveis não foram encontrados. O ministro da Justiça, Tarso Genro, prometeu reforço no contingente da Força Nacional do Rio, caso Sérgio Cabral peça.

05-Tirando o corpo fora:

Os principais bancos centrais do mundo firmaram compromisso para intervir de forma conjunta nos mercados financeiros, caso se prolongue a crise que tem afetado as bolsas de valores. "Vamos agir", disse o presidente do Banco Central Europeu, ao final de encontro em Basiléia, na Suíça. Além do banco central americano, BCs de países emergentes devem participar da ofensiva. O presidente do BC do Brasil, Henrique Meirelles, afirmou que o País não deve injetar recursos no sistema financeiro, como têm feito os BCs de países ricos. O papel do Brasil será o de não reforçar a instabilidade.

06-Vizinho complicado:

A Petrobras vai transferir o projeto do pólo gás-químico que seria implantado na fronteira com a Bolívia para outro país Embora o novo destino não tenha sido revelado, executivos da área petroquímica acreditam que o Peru tornou-se a melhor opção, na região, para investimento em projetos associados ao gás natural. A Petrobrás prevê investimentos de US$ 15 bilhões da área internacional da empresa entre 2008 e 2012, até com a compra de uma refinaria nos EUA. No domingo, o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou a renegociação do contrato que mantém com a Petrobras num campo petrolífero. Bolívia para a Petrobrás, só à distância.

07-Mercado de precatórios em alta:

Uma decisão do STF pode abrir as portas para o encontro de contas entre os governos e seus credores e devedores. O ministro Eros Grau decidiu que é possível a um contribuinte do Rio Grande do Sul compensar o ICMS devido ao Estado com precatórios alimentares devidos a servidores e pensionistas que obtiveram na Justiça o pagamento de verbas indenizatórias, mas que não receberam o dinheiro. Para o ministro, qualquer tipo de precatório, deve ser aceito no pagamento de tributos. A decisão pode mudar o cenário de calote oficial e, se confirmada nas turmas e no pleno do STF, o "mercado paralelo" de precatórios deve aquecer bastante.

08-O que é que a baiana tem:

Na Bahia a juíza Olga Regina Santiago Guimarães, foi premiada por sua atuação e tomou posse. A juíza aparece em escutas e relatórios da PF e se tornou suspeita de ligações a uma quadrilha internacional de tráfico de drogas com base na Colômbia. Nesta segunda-feira, ela foi promovida a titular da 47ª Vara de Substituições em Salvador. Segundo a PF, muitos traficantes foram absolvidos na vara comandada pela magistrada no município de Juazeiro, onde atuava, sob a alegação de serem apenas usuários. Olguinha, como era chamada, era tida como “papa fina, mingau sem caroço” pelos bandidos. Promovida... Que Bahia é essa? Que pais é esse?

09-Oxigênio para o gasoduto:

Nem governo do Estado, nem a bancada federal, à exceção do Senador Raupp e do Deputado Moreira Mendes, ninguém até agora levantou a bola sobre o gasoduto Urucu-Porto Velho. Nem mesmo a OAB, tão atenta às questões do nosso estado, ou a Maçonaria, ou Pool de Empresas, Fiero, nada. Até agora a rasteira dada pelo governo está sendo aceita e não contestada. Se é medo de represálias, como por exemplo, deixarem de lado a construção das usinas, esqueçam. As usinas resolvem o problema do Brasil, mas não o de Rondônia. Vamos lá “destemidos”. 

10-Para não esquecer do Renan:

Um movimento entre alguns senadores – cinco já entraram com pedido – para que a sessão do Senado para julgar o caso Renan seja aberta, tem poucas chances de vingar. É pouco provável que tenhamos a chance de ouvir os discursos ao vivo, pois fora os senadores, apenas dois funcionários da casa vão poder ver o que se passa no escurinho do cinema. Sobre o resultado, apenas uma certeza: Se o Renan não for cassado, teremos que buscar ajuda psiquiátrica e o Renan estará certo ao dizer que tudo foi esquizofrenia, mas o Senado, na lama, será o melhor lugar para a sua presença.

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