Parabéns PT

Frase do Dia:

"Sob a direção da presidente Dilma Rousseff, efeitos especiais a cargo do ex-presidente Luiz Inácio da Silva e aplausos da arquibancada, o Brasil está assistindo à reprise de um filme cujo desfecho é conhecido: o prejuízo vence no final.”– Dora Kramer, jornalista.

I-Da grande rede I

Estava surfando aqui e ali, juntando de qualquer forma os cacos de tipos e cores diferentes e observando os arranjos aleatórios que vão se formando como no velho calidoscópio, quando vi a nota de que o futuro do Facebook, segundo Vinicius Aguiari é o passado: “Em cinco ou oito anos, o Facebook irá desaparecer da maneira que o Yahoo! desapareceu”. Impossível, diria a moça que dorme agarrada ao notebook e ao acordar dá bom dia no Facebook. Ótimo diria a mãe que trava a luta diária com o sono da filha que varou a noite no “Face” e precisa pegar a van para chegar à escola no horário. O mundo mudou e o Facebook é só uma parte.

II-Da grande rede II

Parei um pouco e lembrei que além do Yahoo! já foram para as nuvens – não confundir com nuvem cibernética – o Orkut e na mesma toada seguem Messenger, Skype, Twitter enquanto surgem outros ainda não tão populares como o Instagram e nos agarramos tais ferramentas como para nos salvamos ainda que percamos a identidade. Num sofá engolimos o que vem da TV, o que chega ao tablet e com o mesma preocupação com que tomamos uma coca-cola e seguimos em frente sem analisar a notícia massificada e sem sentir o sabor da coca. O importante é que esteja gelada e que a notícia seja quente até porque o que chegou pela mídia social tem primazia. É preciso estar sempre à frente, mesmo sem saber de que.

III-Da grande rede III

O nome é desconhecido. Rogério Salvia tem 33 anos, é analista de sistemas, é do Movimento Contra a Corrupção do DF e se movimenta fisicamente ou pelas redes sociais, pela renúncia de Renan Calheiros, o senador mais “bullying-ado” no cyberbullying. “A coisa está mudando, o pessoal está começando a sair do conforto de suas casas" diz Rogério criticando o “ativista de sofá" que só protesta pela internet e se engaja em quaisquer campanhas do Facebook, na maioria das vezes só com o “curtir”. Por aqui o professor Nazareno vai além do Facebook e esculacha o Renan, o eleitor e o sistema em artigo de pura ironia. Na rede o abaixo-assinado cresce sem que Renan, o pecuarista das Alagoas seja vencido ou sequer pressionado.

IV-Da grande rede IV

As mídias sociais são ou deveriam ser só ferramentas, mas cresceram e assumiram novos papéis ainda não perfeitamente delineados. A profundidade de um tema filosófico não pode se limitar aos 140 caracteres do twitter, como a notícia com tratamento jornalístico não cabe no Facebook, mas neles cabem todas as tribos, de “candinhas” a pseudo-cientistas ou new-sofistas como Renan Calheiros um “ético de facebook” ditando aos seus iguais: “A ética é meio, não é fim”. Pior que isso só anjos de visitação ou textos do Bial, Jabor e Alexandre Garcia, literalmente escritos por ghost writers. Mas há coisas boas. Ainda que numa língua estranha escrevemos. O próximo passo pode ser pensar antes de escrever. Será o máximo.

V-Parabéns PT

De um amigo petista recebi o puxão de orelhas: “Não vai falar nada do aniversário?”. Pediu, lá vai: parabéns PT pelo seu aniversário, apesar de tanto pesar que trago comigo. Parabéns por se manter no poder com o alto custo que nós tivemos que pagar. Parabéns por saber usar como ninguém a máquina pública para aparelhar o estado e torná-lo mais ineficiente. Parabéns por ter transformado a ideia simples do bolsa-escola no maior curral eleitoral que já se viu. Parabéns pelos pibinhos em anos invejáveis na economia do mundo. E não vou esquecer como querem alguns, do Dirceu, Delúbio, Celso Daniel, Genoíno, Rose, etc. A festa vai longe, mas como toda festa, um hora acaba. Podem festejar: a gente já pagou a conta.   

VI-Notícias complicadas

O governo federal às voltas com notícias ruins está dando tratos à bola para encontrar uma tal de Pedra Filosofal que teria o dom de transmudar tudo. O problema é que até agora por mais que cavem não encontraram o tal pedrisco e os estoques de notícias ruins já faz oscilar para cima o prato da balança onde repousa a gloriosa e salve, salve, popularidade daquela que Lula chamou de poste, se bem que segundo o guru “um poste que ilumina o Brasil”. Para quem anda às voltas com pibinho, inflação, fechamento de balanço a martelo, oração para não parar de chover, China que breca a economia e vizinhos latinos que conseguiram melhores números que “o gigante adormecido, a coisa está mais para urubu que colibri. 

VII-Para completar, a dengue

Se o governo precisa de bons números lá vem o ministro Padilha da Saúde e “ó ni nós”. Na década de 60 diríamos que Padilha “dourou a pílula”, ou seja, disse uma coisa desdisse com outra e “zefini”. Vejam com este salutar exercício de lógica como a dengue se comportou e como conseguiu aumentar diminuindo ou vice-versa, se é que me entendem: Levantamento do Ministério da Saúde mostra que do inicio de janeiro até 16 de fevereiro foram registrados 204.650 casos de dengue no país e isso representa um aumento de 190% da doença em relação ao mesmo período do ano passado. Mas...pelo levantamento, houve uma redução de 44% dos casos graves e de 20% de mortes provocadas pela doença. Tendeu não? De novo...

VIII-Balanços marotos

O governo federal andou cutucando números no final injetando anabolizante no balanço, mas não teve jeito. Como a grita nãofoi geral, o governo voltou à carga e... marreta no balanço do BNDES! Uma resolução do Conselho Monetário Nacional no fim de dezembro de 2012 “bombou” o lucro anual do BNDES em R$ 2,380 bilhões. Coisa de gente marota. Pela regra dos demais bancos, o lucro teria sido de R$ 5,803 bilhões ou seja, 35,9% menor. E sabe quem revela a traquinagem? A nota da KPMG, que auditou o balanço: “O lucro líquido individual e consolidado do exercício e semestre, findos em 31 de dezembro de 2012, está aumentado em R$ 2.380 milhões, após os efeitos tributários”. Auditoria ou coonestação?

IX-Doutora Denise

Denise Lemos filha do Chico Lemos e da Jane concluiu seu curso de medicina ano passado e ato contínuo foi buscar espaço para fazer uma residência médica. Denise quer ser pediatra e sabe que a residência é o caminho para “afinar a mão”. Ontem recebemos a notícia de que ela passou nas provas e por dois anos vai se preparar em Curitiba, fazendo um caminho que muitos não fazem. É que quase a metade dos médicos que clinicam no Brasil não possui um título de especialista, que é dado por sociedade da especialidade ou obtido com a conclusão de residência médica. Os dados são do Conselho Federal de Medicina. Parabéns doutora Dê.  

X-Papo com Zé de Nana

X1-Se o prefeito resolver manter a SEMPRE é melhor trocar a sigla para NUNCA ou JAMAIS.

X2-Tem prefeito novo perdido sem entender o que houve. Falta chapéu para pedir esmola.

X2-Tem alma penada na UNIR. Que tal uma audiência pública ou CPI com Dydyo e biscoito?

 

leoladeia@hotmail.com