Quinta-feira, 28 de abril de 2016 - 00h01
HELDER CALDEIRA
Escritor e Jornalista Político
www.heldercaldeira.com.br– [email protected]
*Autor dos livros “Águas Turvas” e “A 1ª Presidenta”, entre outras obras.
A presidente Dilma Rousseff deixará o poder pelas vielas do esgoto planaltino. Nunca lutou por democracia alguma, nunca foi competente ou grande gerente, nunca teve uma visão de Estado e agora exibe ao povo brasileiro aquilo que acontece quando a administração pública é entregue a beócios irresponsáveis e descompromissados com a República. Vamos precisar de pelo menos duas décadas para limpar o rastro de imundice.
Prova cabal da irresponsabilidade e do descompromisso com o futuro do povo brasileiro veio na última quarta-feira, 27 de abril, após reunião da camarilha que habita o Palácio do Planalto com os principais deputados federais do PT. Em matéria publicada no jornal O Estado de S.Paulo, informa Vera Rosa que “não haverá qualquer tipo de transição de governo” e que “a ordem é deixar Michel Temer à míngua e sem informações sobre a gestão”. Ou seja, a ideia é vandalizar na saída, esculhambar ainda mais na hora do adeus.
Cumpre abrir um parêntese. A estratégia fúnebre dos asseclas dilmistas não é uma novidade para quem conhece a máquina pública dos municípios. Quando um prefeito não consegue eleger seu sucessor, é prática comum nas prefeituras — ainda que seja crime gravíssimo — assistir ao opositor empossado e sua equipe encontrar um ambiente literalmente destruído, documentos desaparecidos, computadores queimados, memórias apagadas e o caixa completamente vazio ou com dívidas faraônicas. A nova gestão consome meses para organizar a administração e o patrimônio público, regra neste país tacanho, é vilipendiado por aqueles que não têm caráter, quiçá responsabilidade. Fecho parêntese.
Quando Luiz Inácio da Silva, vulgo “Lula”, no início dos anos 2000, descobriu que o marketing político tinha o poder de transformar mentiras criminosas em enaltecidas verdades absolutas, mergulhou de cabeça na fraude “paz e amor”, mascarou o sindicalista pelego em candidato a estadista e abocanhou a Presidência da República. À época, recebeu do então presidente Fernando Henrique Cardoso tratamento de envergadura democrática jamais vista no Brasil entre políticos opostos. Tão logo assumiu o “trono”, tratou de vomitar na cara do antecessor e passou a trabalhar sistematicamente para tentar desconstruir a imagem de FHC e autoproclamar-se o mais nobre e honesto dos brasileiros. Luiz Inácio fez a única coisa que, de fato, sabe fazer: mentiu e destruiu.
Passados quase 14 anos de muita bandalheira e monumentais mentiras, o DNA terrorista está exposto em praça pública, esgoto a céu aberto, nauseabundo. Sem saídas diante do impeachment iminente, a equipe de Dilma irá empenhar todos os esforços para terminar de destruir a máquina pública do Governo Federal, deixando terra arrasada para Michel Temer. Dane-se o Povo! Dane-se o Brasil! A aposta é afogar o país no caos e retomar a velha máxima criminosa de sabotar a nação em nome de interesses partidários escusos. Foi assim quando rejeitaram a Constituição de 1988, quando negaram apoio a Itamar Franco em 1992 após a deposição de Collor, quando votaram maciçamente contra o Plano Real em 1994, quando infernizaram o país durante a implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal e dos fortes e fundamentais ajustes que marcaram o início do século XXI. Paradoxalmente, a trupe vermelha foi contra tudo aquilo que, logo depois, a beneficiaria e concederia cofres públicos fartos para que pudesse promover o maior assalto já visto numa democracia ocidental.
A súcia de celerados planaltinos decidiu subverter a ordem constitucional e democrática. Não vai transmitir quaisquer informações institucionais ao novo governo, incluindo dados sobre licitações, contratos, convênios e congêneres, dos quais depende o futuro imediato do Brasil e as possíveis saídas para gigantesca crise que vivemos. Prefere assistir ao país sangrar até a morte.
Noutras palavras, Dilma, Luiz Inácio e o PT serão defenestrados por crimes cometidos contra o Brasil e, antes de cair, optam por cometer mais crimes. Dilma, aliás, deixará a Presidência da República pela latrina e passará à História no esgoto político. É local adequado para gente desse naipe quando fora do baralho. Não há outro sentimento para fazer referência à quadrilha. Apenas nojo.
Chegou a hora de enfrentar o STF
A atual composição do Supremo Tribunal Federal é a pior de sua História. Não apenas pela desqualificação técnica de alguns ministros, mas pela postu
A tragicômica amnésia da esquerda
A estreia internacional do presidente Jair Bolsonaro revelou bem mais do que sua capacidade de quebrar protocolos oficiais, despistar a imprensa e i
O auxílio-moradia e a amnésia seletiva - Por Helder Caldeira
Em recente entrevista ao apresentador Pedro Bial, na Rede Globo, o ministro Luiz Fux, atual presidente do TSE e relator no STF das ações que discutem
Povo fraco ceva porcos imundos - Por Helder Caldeira
(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({}); HELDER CALDEIRA, Escritor. www.heldercaldeira.com.br – [email protected] *Autor dos livr