Sexta-feira, 9 de junho de 2017 - 19h59
HELDER CALDEIRA, Escritor.*
*Autor dos livros "Águas Turvas", "Pareidolia Política", "A 1ª Presidenta", entre outros.
Um voto histórico e robusto, doutíssimo, farto em seu conjunto probatório. Ao pedir ao Pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação da chapa Dilma-Temer, PT-PMDB, o ministro Herman Benjamin exibiu ao Brasil as provas do mais grave crime que um cidadão pode cometer: o vilipêndio ao voto, sustentáculo da Democracia. Aqueles que venceram o pleito presidencial de 2014, fizeram-no sob as vestes da trapaça e da corrupção, violando dramaticamente a soberania popular em seu cerne.
Aos sete ministros do TSE foi concedida a oportunidade de julgar aquilo que o ministro Luiz Fux classificou como "fatos gravíssimos, insuportáveis", e punir severamente aqueles que só chegaram à chefia do Poder Executivo graças ao uso sistemático e desavergonhado do fruto envenenado dos crimes que assolam a nação. Mas, a maioria dos juízes decidiu pela cegueira deliberada que absolve os bandidos e condena o país e suas instituições ao triunfo da imoralidade, à consagração da falta de ética, ao caos e à barbárie originárias da impunidade imperativa.
Foram os votos dos ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcísio Vieira e Gilmar Mendes, este na condição de presidente da Corte, que determinaram o futuro dos institutos eleitorais brasileiros. Aliás, o não-futuro. Suas Excelências serão vencidos pelos fatos e um dia repousarão à cova onde hoje enterraram as provas vivas de crimes inomináveis.
Aliás, foi assim que o relator