Brado Retumbante

“A história é feita de imprevistos”. Foi dito ontem no primeiro capítulo da série da Globo “Brado Retumbante”. E é isto mesmo. É impossível se prever os rumos de um governo, por mais que se planeje. Foi o caso do Bush, ele não esperava o atentado terrorista nas Torres Gêmeas. Depois delas, o foco se transformou no combate ao terrorismo. E as guerras. Ninguém esperava Termópolis por aqui. Ela veio. Rondônia será bem diferente depois dela, pelo menos é o que espero.

Vai surgindo coisas para resolver. Que vem assim, num estalo de dedos e que se tem que consumir muita energia. Quem poderia esperar uma crise econômica mundial como a que atinge países europes e o mundo inteiro?

Na política a grande virtude é a prudência, ser um bom mineiro, seguir cada passo com extrema cautela, não arrotar vantagem, não se vangloriar com as evidências e não se espantar com sombras. E fazer o que todo homem comum faz – só colocar o chapéu onde a mão alcança.

No mais é o exemplo pessoal. Andar no fio da navalha, rogando para não se estrepar. Qualquer desequilibrio ou descuido é mortal. Governo é grande. A maior empresa do Estado de Rondônia é o próprio Estado. São 55 mil funcionários. E o governador tem que dançar miudinho para dar conta de tudo e ao mesmo tempo ser responsável por todos.

Como é que se pode dar conta?

Maior é o Banco do Brasil, o Estado de São Paulo, o Governo Federal, a Petrobrás, a Fiat, Bradesco e muitas outras empresas. Maior é o Bill Gates que controla e dá conta do movimento de milhões de computadores espalhados pelo mundo. Eles dão conta do recado. Maior é a mãe solteira ou viúva, que ganha salário mínimo e cuida de cinco filhos pequenos e consegue alimentar a todos, como pode é claro.

Então, com toda a imprevisibilidade, com cenários, evidências, golpes, expectativas – enfim, com tudo isto – dá para se governar muito bem, sempre com a máxima de Tarciso Delgado -”austeridade gera filhos”.

Fonte: Blog do Confúcio