Quinta-feira, 29 de junho de 2017 - 20h53
VACINA CONTRA FALTA
DE VERGONHA NA CARA
William Haverly Martins
A onipresença da corrupção na vida política brasileira e a onisciência do lamaçal em que os políticos partidários e ministros do judiciário se envolveram, engaiolaram os pensamentos deste velho comunicador, de tal forma que torna-se difícil chutar o balde em outras direções, também carentes de boas e incisivas palavras, que funcionem como um soco na cara, um chute nos glúteos, ainda que a singularidade, por total falta do cacoete de liderança, diminua-lhes a potência, mesmo sendo elas ampliadas pelo site Gente de Opinião e pelo centenário jornal Alto Madeira.
Nunca a vida pública foi tão exposta, desprovida de todo e qualquer conceito da moral judaico-cristã, em que delatores, delatados e controladores sem ética se misturam aos olhos estupefatos da plebe ignara, crente nos valores civilizatórios, como se fossem gado doente rumo ao matadouro da opinião pública. Aliás, gado doente era o mote que originariamente deveria impulsionar minhas teclas, no dia de hoje: a recusa do mercado americano em receber carnes in natura (fresca) dos frigoríficos brasileiros, porque, do total exportado, mais de 10% estão estragadas, índice altíssimo para os padrões consumistas americanos.
Se por um desses devaneios da imaginação, pudéssemos colocar no mercado internacional a carne de gado doente, ao lado da carne do homem público brasileiro, esta não seria aceita em lugar nenhum do mundo, e nem os canibais de outrora teriam coragem de degustar carne tão estragada, desprovida de alma, de bom senso, de vergonha na cara, ainda que, a contragosto, seja obrigado a abdicar da generalização: os dez por cento de gado ruim é o contraponto dos dez por cento de homens bons — quem dera que os índices humanos estivessem invertidos, estaríamos na média mundial.
Mas, voltando à qualidade de exportação da carne de boi, o nosso empresário, adepto do jeitinho brasileiro, precisa ingressar nos padrões internacionais de qualidade. Não era preciso ter uma TV 4k para se perceber que partes da carne exportada estavam estragadas, inclusive com pus à vista, mostrado no noticiário da TV aberta, em todas as partes do planeta.
Diante de mais esse vexame de repercussões internacionais, dirão alguns na tentativa de atenuá-lo: Ah, mas estavam estragadas apenas nas partes em que as vacinas foram mal aplicadas”. Calados ficariam melhor, porque a emenda saiu pior do que o soneto, posto que passamos atestado de incompetência. Um pecuarista profissional precisa ao menos saber como vacinar seu gado. Mais uma vergonha nacional! Um veterinário do governo chegou a dar um absurdo conselho: “Seria interessante que a carne a ser exportada fosse cortada em cubos menores, assim não apareceriam as partes estragadas”. A que ponto chegamos!!!... Parte da nossa sociedade está doente...
A imprensa local noticiou que o TJ condenou uma empresa de água mineral a indenizar um consumidor que descobriu lama em um vasilhame do líquido, que deveria ser puro, e um proprietário de um supermercado por ter vendido sanduiches com pedaços de alumínio ou plástico, como parte do recheio.
Mas, pasmem senhores, nem os empresários, nem as empresas tiveram os seus nomes declinados pelo TJ. De que adianta punir? O povo precisa saber nome e endereço de quem o está enganando, vendendo água mineral suja e sanduiche de lata. Esse é mais um caso de saúde pública, não se trata de um consumidor, mas de toda uma comunidade que poderá adoecer porque está bebendo água contaminada, ou morrer, porque está comendo sanduiches com pedaços de metal.
Os cientistas precisam urgentemente desenvolver uma vacina polivalente que promova uma lavagem cerebral moralizadora, com princípios de alteridade, capaz de reintegrar o político, o homem público, o empresário sem escrúpulos à sociedade. O Brasil agradece e promete vacinação em massa.
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