Em sete anos a classe política já trocou seis vezes a administração de Candeias

O futuro da Amazônia

Nos EUA, o mito da neutralidade e objetividade da imprensa é fortemente questionado por exemplos que talvez sejam exceção, mas são muito fortes, portando julgamentos e distorções que passam longe da neutralidade, ainda que possam parecer objetivas. Na verdade, nenhuma notícia é neutra.

Os ataques a ongs, os casos de sucesso das ações de proteção ambiental, as novas descobertas de produtos e os preconceitos contra os povos originários trazem sempre embutida em cada uma a visão de mundo de quem notícia. Uma notícia ótima, por exemplo, refere-se à SAF, sistema de plantio que junta espécies diferentes no mesmo espaço para produzir alimentos de forma natural e sustentável, sem venenos que possam prejudicar a terra, os produtos e a saúde humana.

Péssima notícia, por outro lado, é que a conversão de florestas para pastagens ou agricultura mecanizada leva a uma redução, que varia de 18% até 100%, no número de espécies de formigas, besouros, aves e árvores, segundo estudo sobre o impacto da atividade humana na exploração das terras em florestas tropicais divulgado na publicação cientifica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Tanto a boa quanto a má notícia se inserem no propósito macro de valorizar a estruturação da bioeconomia. É uma boa causa. Seja pelo melhor ângulo positivo, seja pelo pior desastre abordado, acima de cada informação estará a reflexão que as autoridades e a opinião pública vão fazer sobre o futuro da Amazônia.

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Cartas marcadas

Num possível jogo de cartas marcadas, a Câmara de Vereadores de Candeias, vai realizar eleição indireta para eleger um novo prefeito. Em sete anos a classe política já trocou seis vezes a administração do município. Foram gestões desastrosas que endividaram a municipalidade e quem assumir o cargo entra no Paço Municipal já fustigado pelos opositores. O divisionismo político da cidade que em gestões passadas teriam sido repletas de funcionários fantasmas precisa ser combatido e a prefeitura de um choque de gestão para equacionar tantas dividas que precisam ser resgatadas.

A instalação

O município de Porto Velho comemora nesta quarta-feira, dia 24, seus 109 anos de instalação. Campeã nacional de crescimento demográfico nos anos 80 e anos depois, com a construção das usinas de Santo Antônio e Jirau ganhando uma nova explosão populacional, a cidade perdeu folego com 60 mil habitantes a menos nos últimos anos, conforme atestou o recente censo do IBGE. Mais de século depois de protagonizar o início da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, a capital rondoniense segue com suas carências de água, coleta de esgoto, demandas de saúde e mais recentemente de mobilidade urbana e segurança pública.

Grande desafios

Ainda com alguns setores econômicos padecendo depois da pandemia de covid que causou grande abalo, Porto Velho como uma fenix ressurge das cinzas e alguns segmentos estão reagindo favoravelmente, outros ainda em dificuldades como o ramo hoteleiro, o setor imobiliário com as vendas que desabaram. A construção civil ainda trabalha numa retomada, os grandes supermercados já comemoram bons resultados, ao contrário de muitos mercadinhos de bairro que acabaram fechados. Dezenas deles fecharam suas portas nos bairros mais populosos.

Uma explicação

Com as denúncias envolvendo a Amazon Forte, investigada no Acre por causa do lixo hospitalar e em Florianópolis por contratos para a coleta de lixo, me vem à lembrança que foi justamente esta empresa a selecionada para cuidar da gestão da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Amiguinha dos políticos, ela muitas vezes dá vence as licitações, mas depois estouram as bombas. A Associação dos Amigos da Estrada de Ferro já vinha denunciando irregularidades dos contratos envolvendo a empresa. As reformas já concluídas, mas inauguração ficou ainda mais difícil com uma empresa com a moral abalada.

Os enrascados

Alguns deputados federais da região Norte vão dedicar boa parte do ano de 2024 para salvar seus mandatos recorrendo a bancadas experientes do direito eleitoral. Em Rondônia, o deputado federal Eurípedes Lebrão (União Brasil), aquele filmado recebendo propinas ainda na condição de deputado estadual. No Amazonas o deputado federal Silas Câmara, que já está no quinto mandato e também é alvo de processo redundando em cassação. Dos governadores, o mais atolado é Antônio Denarim, do estado de Roraima. E ainda tem Gladson Camelli (Acre) complicado. A região amazônica é pródiga em políticos enrascados com a justiça.

Via Direta

*** Os municípios rondonienses festejaram mais um repasse do Fundo de Participação dos Municípios –FPM. Os alcaides da maioria das municipalidades estão urrando já que as demandas sociais são imensas para serem cumpridas *** Lembrando que a maioria dos municípios de Rondônia perderam habitantes e com isto, consequentemente foram penalizados com perdas no rateio do tributo *** Mais uma audiência foi realizada pelo grupo de trabalho do Ministério dos Transportes para viabilizar a restauração da BR 319 e não rolou nenhum resultado prático, nenhum avanço significativo *** Os políticos gostam mesmo é de jogo de cena. Passou da hora de uma definição, o inverno chegou e teremos mais um período de interrupção do trafego.