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Servidores da Segurança Pública começaram a ser vacinados e Polícia Penal ficou de fora


Servidores da Segurança Pública começaram a ser vacinados e Polícia Penal ficou de fora - Gente de Opinião

O Sindicato dos Policiais Penais e Agentes de Segurança Socioeducativos (Singeperon) se manifestou nesta segunda-feira (05) pedindo ao Governo de Rondônia tratamento igualitário aos servidores da segurança pública, se referindo à imunização contra a Covid-19 iniciada no sábado (3), que deixou de fora os grupos da Polícia Penal que estão na linha de frente nessa pandemia. A entidade também reivindica prioridade na vacinação de servidores do Sistema Socioeducativo. 

O Singeperon lembra que o Estado de Rondônia foi orientado pelo Ministério da Saúde, por meio de nota técnica expedida no último dia 31, a vacinar os servidores da segurança pública, que inclui a Polícia Penal, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar. Sendo que, neste primeiro momento, deveriam ser atendidos os grupos que estão diretamente envolvidos nas ações de combate à Covid-19.

A nota ministerial detalha que, nessa primeira fase, o governo de Rondônia deveria vacinar os profissionais da segurança pública que atuam no transporte de pacientes, nos resgates e atendimento pré-hospitalar, nas ações de vacinação contra a Covid-19 e nas ações de vigilância das medidas de distanciamento social, com contato direto e constante com o público, independente da categoria.


Não foi o que aconteceu. Nessa primeira etapa, segundo a própria  imprensa oficial do governo, estão sendo destinadas 700 doses para se iniciar a imunização, "das quais, 240 doses foram utilizadas na manhã de sábado (3), em Porto Velho". No entanto, nenhum policial penal foi vacinado, e a categoria nem foi incluída nessa fase de vacinação.

 
A presidente do Singeperon, Daihane Gomes, destaca que em outros estados, como Pará e Goiás, os policiais penais começaram a ser vacinados juntamente com as demais polícias.  "É incompreensível esse tratamento desigual aqui em Rondônia! O Estado não pode deixar de fora os grupos da Polícia Penal que estão atuando nessa pandemia na linha de frente". 

"Eles estão presencialmente nos presídios, transportando presos de um município para outro, e para atendimento hospitalar, trabalhando em ambientes altamente insalubres e vulneráveis para a contaminação e disseminação do vírus. A mesma situação é a dos agentes de segurança socioeducativos, que também trabalham em contato direto com pessoas", ressaltou Daihane.

 

 
Mortes no sistema prisional


Com o total de 13 óbitos, o Sistema Prisional de Rondônia se consolida na segunda posição do ranking dos estados brasileiros com mais mortes de servidores penitenciários por Covid-19, atrás apenas de São Paulo, com 57 mortes registradas, de acordo com o relatório do Conselho Nacional de Justiça, divulgado no último dia 25 de março.


No ranking dos 10, apareceram abaixo de Rondônia:


- Pará, Mato Grosso e Maranhão com 9 óbitos (cada);
- Paraná com 5 óbitos;
- Rio de Janeiro e Bahia com 4 óbitos;
- Tocantins e Santa Catarina com 3 óbitos.

Na semana passada, em 28 de março, morreram dois policiais penais nesse mesmo dia, vítimas da Covid-19.  Sidney Nogueira Correia, de 56 anos, e Richard Carneiro Valência, de 42 anos. Um dos primeiros a morrer desde o início da pandemia foi Thiago Alfaia Santos, aos 41 anos. Ele estava atuando na linha de frente. Pertencia ao Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape), que age nas diversas situações, como escoltas, recaptura de presos, contenção de motins e rebeliões.

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