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Pesquisadores descobrem nova espécie de inseto em Rondônia


(A) flebotomíneo. (B-F) Estruturas da genitália. (G) Estruturas bucais. - Gente de Opinião
(A) flebotomíneo. (B-F) Estruturas da genitália. (G) Estruturas bucais.

Em recente estudo, desenvolvido por pesquisadores da Fiocruz Rondônia, em parceria com o Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), foi descoberta, em Rondônia, nova espécie de flebotomíneos, insetos popularmente conhecidos como “mosquito-palha” e de grande importância para a saúde pública.

A nova descrição aumenta para 136 o número de espécies de flebotomíneos, já registradas no estado, e demonstra a diversidade desses insetos na região, sendo importante referencial para novos estudos. Algumas espécies de flebotomíneos são vetores de protozoários que causam a Leishmaniose, doença negligenciada que atinge cerca de 1000 casos anuais, em Rondônia, conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/Ministério da Saúde).

O estudo foi desenvolvido pelos pesquisadores Antônio Marques Pereira Junior, Jansen Fernandes de Medeiros e Genimar Rebouças Julião, do Laboratório de Entomologia da Fiocruz RO. E da Fiocruz Amazônia, participaram os pesquisadores Felipe Arley Costa Pessoa e Eric Fabrício Marialva dos Santos, que integram o Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis da Amazônia.

A descrição da nova espécie de flebotomíneos para Rondônia foi realizada com base nas características morfológicas das amostras de insetos coletados.  Para isso, foram utilizados três indivíduos do sexo masculino, coletados em localidades diferentes, sendo um indivíduo coletado no Parque Estadual de Guajará-Mirim, entre os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, e outros dois na Floresta Nacional do Jamari, no município de Itapuã do Oeste.

Apesar de pertencer ao grupo de insetos que participam da transmissão da Leishmaniose, não é possível afirmar que a nova espécie de “mosquito-palha” tem relação com a transmissão da doença, pois ainda serão necessários novos estudos. “A grande contribuição da descoberta está no fato de poder demonstrar, por meio de um trabalho minucioso, a diversidade de insetos existentes na Amazônia e, desta forma, podermos contribuir para o registro da nossa biodiversidade”, explica o pesquisador Antonio Marques Pereira Junior.

O estudo com a descrição da espécie de flebotomíneo Pintomyia fiocruzi foi publicado na revista Zootaxa, e é uma continuidade de outro trabalho desenvolvido pelo grupo de pesquisadores do Laboratório de Entomologia da Fiocruz RO, que resultou no registro de 4 novas ocorrências de espécies de flebotomíneos, no estado de Rondônia.

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