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Em pleno ponto facultativo, o TCE-RO vai a campo, encontra avanços e falhas em unidades de saúde de Porto Velho


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Mesmo durante o ponto facultativo do feriado de Corpus Christi, o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) esteve em campo, nesta sexta-feira (20/6), fiscalizando unidades de saúde do município de Porto Velho.

A ação ocorreu nas UPAs Leste e Sul e nas Policlínicas Ana Adelaide e José Adelino, todos sob gestão da Prefeitura da capital. O objetivo foi verificar se os problemas identificados nas fiscalizações acima foram resolvidos, além de avaliar a qualidade do atendimento aos pacientes e as condições de trabalho dos profissionais de saúde.

 

POLICLÍNICAS: MELHORIAS IMPORTANTES E PONTOS DE ATENÇÃO

Na Policlínica José Adelino, os auditores constataram avanços inovadores. Um dos principais problemas apontados anteriormente (a falta de insumos) foi solucionado. Atualmente, os materiais estão sendo repostos de forma mais eficiente, e os pacientes relatam satisfação com o atendimento.

No entanto, ainda existem desafios. A estrutura física apresenta deficiências, como paredes descascadas, cadeiras de exame em mau estado e depósitos de resíduos sem identificação. Outro problema é a demora na instalação do transformador necessário para colocar em funcionamento o novo aparelho de Raio-X, que segue sem uso há meses.

Para a dona de casa Horlânia Rodrigues, que foi atendida na unidade, a qualidade no atendimento faz a diferença.

"Fui muito bem atendido quando preciso. Fiz meu tratamento aqui e deu tudo certo. Que continue assim, porque só procuramos quando realmente estamos precisando", afirmou.

A diretora clínica da unidade, Lidiane Cavalcante, admite os desafios, mas enxerga a fiscalização do TCE-RO como um estímulo à melhoria contínua.

"O que eu mais gosto é que, quando o Tribunal vier, sempre façamos melhorias. Eles nos dão um retorno muito importante sobre o que pode ser ajustado", destacou.

Já na Policlínica Ana Adelaide, apesar da resolução de problemas estruturais, como as goteiras, ainda faltam medicamentos e materiais essenciais. O aparelho de Raio-X, embora funcione, produz imagens de baixa qualidade por ser antigo. A unidade aguarda a instalação de um novo equipamento.

Durante uma visita, os auditores encontraram um paciente em estado grave, aguardando transferência para o Hospital João Paulo II, desde a madrugada anterior. Médicos relatam sobrecarga no atendimento, causada, em parte, pela procura de pacientes que deveriam ser atendidos nas unidades básicas de saúde.

Os pacientes avaliados avaliaram o atendimento como regular ou bom, mas apontaram problemas como a falta de acessibilidade para cadeirasntes.

 

UPAS: ESTRUTURA FÍSICA E FALTA DE INSUMOS AINDA SÃO ENTRAVES

Na UPA da Zona Leste, a equipe estava incompleta devido ao ponto facultativo, mas os atendimentos seguiam normalmente. Foram observadas ausências pontuais de medicamentos e insumos, mas os ambientes eram limpos, organizados e com boas condições de higiene e segurança.

Na UPA Sul, a realidade se repete: estrutura física comprometida, com infiltrações e paredes descascadas na sala de Raio-X. Em contrapartida, algumas demandas foram atendidas, como a troca de camas quebradas e a correção de goteiras na sala de descanso dos profissionais.

 

FISCALIZAÇÃO COM EMPATIA E FOCO NA MELHORIA DOS SERVIÇOS

Para a auxiliar administrativa Celi Gadelha, a atuação do TCE-RO se diferencia pelo respeito e pela escuta ativa.

"Vocês chegam com ética, perguntam, escutam. Procuram melhorias tanto para nós, servidores, quanto para a comunidade. Isso é muito importante", enalteceu.

Segundo o secretário-geral de Controle Externo do TCE-RO, Marcus Cézar Filho, a fiscalização busca promover melhorias não apenas para os pacientes, mas também para os profissionais de saúde:

“É o TCE fazendo a diferença na vida do cidadão”, resumiu.

 

FISCALIZAÇÃO CONTÍNUA E RESPONSABILIZAÇÃO DE GESTORES

O Tribunal reforça que as ações de fiscalização têm caráter preventivo e corretivo e seguem de forma contínua. Caso os gestores não cumpram as recomendações dentro do prazo estabelecido, o TCE-RO poderá instaurar processos de responsabilização, sempre assegurando o devido processo legal.

Se forem confirmadas irregularidades por ação ou omissão, as avaliações poderão ser aplicadas aos responsáveis.

O TCE-RO seguirá monitorando as unidades de saúde para verificar o cumprimento das recomendações e contribuir para a eficácia da melhoria dos serviços prestados à população. 

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