Terça-feira, 2 de fevereiro de 2021 - 09h42
Nesses tempos
de pandemia, o país parece que vive numa verdadeira Torre de Babel. Os que
deveriam abrir caminhos para facilitar a jornada do povo rumo a um porto
seguro, parecem mais perdidos que cego em tiroteio. Ora o presidente da
República diz uma coisa; ora seu ministro da saúde intenciona outra, sem que
ninguém se entenda nem surja uma proposta comum de solução para, pelo menos,
amenizar a dor da população. Esta, por sua vez, encontra-se atônita e perplexa,
sentindo-se órfã de tudo, principalmente de comando, de liderança e até mesmo
de exemplos orientadores. Vivemos como um barco à deriva em pleno mar revolto,
em meio à tempestade, porém o que muitos não perderam e, certamente, jamais
perderão, é a fé em Deus de que um dia tudo isso vai passar, apesar do egoísmo
e da ambição que dominam os corações de uns poucos.
O momento
nacional está marcado por uma confusão generalizada, uma crise de liderança
poucas vezes vista na história politica recente deste país. É como se a vida
não significasse absolutamente nada no conceito de alguns que nos governam,
como se ela fosse um papel inútil que se atira na lata do lixo. Pelo amor de
Deus! Vamos colocar a mão na consciência! Enquanto milhares de pessoas estão
morrendo todos os dias, vítimas da Covid-19, autoridades ficam empurrando as
providências com a barriga. Essa situação não pode mais perdurar, porque dela
exclusivamente provêm a angustia e o desespero do povo, a inquietação e a
insegurança da sociedade.
Não basta
apenas encher a boca e dizer que é patriota ou coisa do gênero. É preciso ter
responsabilidade e, principalmente, respeito à população, para que esta possa
voltar a acreditar no poder e na autoridade. O povo está desesperado, enquanto
autoridades e dirigentes públicos seguem embalados numa ilusão, como um
romântico que se ignora.
Só suas excelências não veem o caos
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