Sexta-feira, 27 de agosto de 2021 - 08h25
Sempre
se soube que a maçã podre leva as demais maças do cesto a apodrecer; a
reciproca, contudo, não é verdadeira, ou seja, a maça boa jamais poderá fazer
com que maças podres se regenerem. Se essa é uma verdade ainda não desmentida
na esfera biológica, as situações sociais também podem apresentar símiles.
Quando
os maus exemplos se multiplicam, torna-se difícil obter das pessoas conduta
elogiável, motivo pelo qual o enorme poder da corrupção, que vem se alastrando
pelos quatro cantos do país e minando os mais profundos alicerces da sociedade.
E, quando isso acontece, o individuo perde o sentimento de cidadania, tolera os
mais abjetos atos de seus semelhantes e, consequentemente, acaba por repeti-los.
É
mais ou menos isso o que vem acontecendo no Brasil. Parece que chegamos mesmo
aquela situação em que a virtude envergonha os que a praticam, enquanto os
bandidos escarnecem dos outros, tranquilos na impunidade protetora, como cunhou
Ruy Barbosa.
Se
os assaltos aos cofres públicos, pelos que têm a obrigação legal de zelar por
eles, merece a mais veemente condenação, que dizer de atos que dilapidam o
patrimônio comum mais visível? Os cofres públicos, pela distância que guardam
das pessoas comuns, fogem à percepção de que são patrimônio de todos. Bens
materiais, contudo, são diferentes. Que dizer, pois, de indivíduos que furtam
cabos da rede elétrica que alimentam o sistema de iluminação pública, deixando
as ruas e os locais de lazer às escuras?
A Empresa
Municipal de Desenvolvimento Urbano (EMDUR) vem realizando um excelente
trabalho de iluminação pública na cidade de Porto Velho, a despeito dos
predadores do patrimônio público, que insistem na prática do crime, exigindo,
portanto, severa punição das autoridades judiciais. E não apenas aos agentes
imediatos do ilícito precisa ser imputada a responsabilidade total do crime,
mas, principalmente, aos que, assegurando a compra dos cabos retirados das ruas
de Porto Velho, estimulam a ilicitude.
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