Sexta-feira, 12 de agosto de 2022 - 11h41
Era para ser uma
convenção partidária como tantas outras de que se têm notícia, não fosse pelo
fato de um respeitado pretendente ao cargo de deputado estadual ter tido seu
nome rejeitado pelos convencionais sem motivo aparente, levando o senso comum a
produzir ilações as mais diversas, destacando, entre elas, a possibilidade de
traição. O próprio colunista enveredou nessa possível direção.
Hoje, porém, recebi uma mensagem
no WhatsApp de um amigo advogado. No áudio, uma pessoa, que não se identifica, garante
que Léo Moraes só teria aceitado a entrada de Carlos Magno no Podemos com a
condições de que ele (Magno) não sairia candidato a deputado estadual e, sim, a
deputado federal, porque isso, diz a voz, atrapalharia a vida dos candidatos
que têm base eleitoral na capital, uma vez que Magno tem cacife eleitoral para
disputar o senado em pé de igualdade com qualquer um dos atuais concorrentes,
com reais chances de êxito. Mesmo assim, ele teria preferido enfrentar os
convencionais e, por isso, pagou alto preço. Logo, não há que se falar em
traição.
Se o conteúdo do áudio
for verdadeiro, retiro tudo que disse sobre a decisão do Podemos que deixou
Carlos Magno fora das eleições de outubro próximo, porém, aproveito a
oportunidade para destacar a necessidade de uma reforma partidária no Brasil.
Não é de hoje que o assunto vem sendo empurrado com a barriga. Grandes
interesses defendidos pela maioria dos partidos políticos asseguram a
permanência de situações que deformam a vida partidária e repercutem,
negativamente, no campo social, como a infelicidade partidária e partidos que
funcionam apenas como siglas por meio das quais são feitos negócios e
constituídos terrenos férteis para alimentar uma estrutura carcomida, nas três
esferas de poder.
Só suas excelências não veem o caos
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