Segunda-feira, 21 de dezembro de 2020 - 09h06
Chega a ser difícil
acreditar, mas aí estão os exemplos para mostrar até que ponto alcança a
irresponsabilidade de algumas pessoas, que parecem não ter a dimensão exata do
momento delicado pelo qual passa o mundo diante de uma pandemia que já enlutou
milhares de famílias e entulhou os leitos dos hospitais públicos e privados.
Comportam-se como se
nada estivesse acontecendo, como se vivêssemos na mais completa normalidade.
Saem de casa sem máscara, não respeitam o distanciamento social, nem dispensam
a balada do final de semana com os amigos. Não se tem dúvida de que a Covid-19
assusta, porém, o que não somente assusta como também causa indignação, é a
desfaçatez de autoridades públicas, que deveriam dar o exemplo. Em vez disso,
fingem ignorar o problema, indiferentes à dor daqueles que perderam seus entes
queridos.
Depois, na maior cara de
pau, aparecem nos meios de comunicação e nas redes sociais falando de boca
cheia em paz, amor ao próximo e outras coisas do gênero, tentando convencer
incautos de suas boas intenções. No fundo, são farsantes de carteirinhas, que
pregam uma coisa, mas não praticam o que ensinam, como os fariseus descritos no
livro de Mateus, que atavam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos
homens, mas eles próprios não moviam um só dedo para ajudá-los.
E o pior de tudo é que
os exemplos (péssimos, por sinal) partem de pessoas dotadas de elevada
capacidade e conhecimento da realidade social e que, por isso mesmo, deveriam ter
a noção do perigo a que se estão expondo e, de quebra, colocando em risco a
vida daqueles que vêm seguindo fielmente as orientações dos profissionais da
saúde, ou seja, só saindo de casa para resolver assuntos relevantes, mantendo o
distanciamento social, usando máscara e álcool em gel.
Só suas excelências não veem o caos
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