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Gente de Opinião

Agnaldo Ferreira

TRIBUTO ÀS MÃES, MULHERES GUERREIRAS E HEROÍNAS


 
Agnaldo Ferreira dos Santos

A alma humana é cheia de belezas que levou os mais sábios ao longo dos séculos a passarem dias e dias, meses e meses, e até anos e anos procurando razões para explicar os matizes da alma e descobrir os seus segredos.

Quando olhamos para as almas dedicadas e vemos com carinho que parece um verdadeiro paraíso de belezas “almáticas” remontamos logo para o criador e sua inefável sabedoria quando criou o ser humano. Diz o livro sagrado que ao criar cada parte via que era bom, mas ao termino da criação e juntando tudo viu que era melhor. Podemos também dizer como Afonso de Ligório quando afirmava que juntando todas as belezas terrenas não se comparava a beleza da alma e, sobretudo, da alma materna. Dizia ainda que é tão bela que o próprio Deus escolheu para si uma mãe, podendo nascer diferente dos mortais resolveu experimentar a alegria de poder conviver durante nove meses no ventre de sua adorável “mãezinha”. Como é bonito ver e poder contemplar esse fenômeno de beleza e grandeza. Diz a teologia Tomista que a única criatura que tem o poder de criar é a mãe; é ela que participa desse poder que o criador tem e isso é tão verdade que nos emocionamos ao ver esse amor e esse poder estampado no rosto e, sobretudo, nos gestos dessas mulheres guerreiras e heroínas.

Como é bonito ver a dedicação dessas mães por com seus filhos não importando o caminho que escolham para trilhar, seja ele bom ou mau. Podemos ver inúmeras almas dessas em portas de cadeias chorando por seus filhos desesperadas para que não lhes tirem a vida sem importar com a opinião dos outros; são elas que passam noites em claro sem importar se estão ou não envelhecendo ou se gastando com o tempo – o que importa é ver seus filhos bem.

Fico feliz por ter encontrado em minha mãe essa mulher que durante muito tempo passou ao meu lado cuidando de minha saúde e do meu bem-estar mesmo tendo outros seis filhos para cuidar. Tive e tenho o prazer de ver isso em minha esposa e me edificar testemunhado os cuidados que ela dedica aos nossos filhos. Posso dizer que, sem duvida alguma, é uma alegria poder contemplar os matizes de sua alma e o zelo para os rebentos que o criador nos concedeu.

Tive também, apesar de não conhecê-la pessoalmente, a alegria de estudar, ler e admirar a vida de uma senhora a quem dedico não só admiração, mas devoção: Dona Lucília. Quem foi ela? Uma doutora? Uma teóloga? Não, ela foi simplesmente mãe. Dona Lucília foi uma simples dona de casa sem formação acadêmica, mas formada pela escola da família no cotidiano dos afazeres do lar e no cuidado que teve a seus filhos. Dona Lucília, como muitas mães, foi uma mulher extremamente bondosa e compreensiva ela que viveu a dezenas de anos atrás e deixou seus raios luminosos até o nosso conturbado século XXI. Ela, que nunca escreveu uma página de livro, sendo uma dona de casa exemplar sem devaneios políticos ou ambições descabidas foi um raio de luz da providencia no meio dos que viveram com ela e tiveram o privilégio de contemplar o seu olhar e participar de suas simples e elevadas conversas que puderam dizer, sem nenhuma dúvida, que ela era uma verdadeira teóloga da vida, santa e simples.

São duas colocações que estamos longe de saber como são, pois vivemos o oposto da simplicidade e santidade. Achamos que para atingir a perfeição é necessário ser um ótimo orador ou mesmo ter uma excelente casa, apartamento ou mansão; ou se não temos que nos enfiar em nossas igrejas e calejar nossos joelhos de tanto rezar e ate mesmo nos penitenciar todas as semanas ou algumas situações mirabolantes que tiramos de não sei onde. Esquecemos da simplicidade que deve acompanhar as nossas intenções.

Quem nunca teve o desprazer de conviver com alguém que só fala de si mesmo e em seus merecimentos? Sentimo-nos pouco a vontade, perdemos o assunto logo e ficamos com vontade de sair de perto daquela pessoa tão desagradável. O contrario não acontece com alguém que vive a simplicidade da vida, é agradável a todos, se preocupa com o que os outros estão sentindo com o crescimento de cada um. Essas almas são pára-raios da justiça divina e motivo de bênçãos para todos os que se aproximam delas.

Neste dia de alegria e felicitações, podemos esperar que tenhamos em nossa sociedade não somente mulheres que dão à luz a mais uma criatura, mas a verdadeiros filhos. Esperemos que as mães que ainda não assumiram seus verdadeiros papéis o façam o quanto antes. Acredito que só assim poderemos transformar nossa sociedade corrupta, desleal e egoísta em uma sociedade mais humana e mais fraterna.Concluo dizendo que de vocês, mães, depende essa nova civilização e esse estado de espírito. E quando digo que são heroínas é porque com a missão que vocês têm, de fato precisam ser guerreiras para conseguir vencer. Portanto a todas as mães, meu tributo, minha reverência e minha homenagem.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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