Domingo, 28 de outubro de 2012 - 10h08
No café da manhã em que o PT abre os trabalhos deste domingo em São Paulo, de olho na candidatura de Fernando Haddad à prefeitura em dia decisivo, o adversário no primeiro turno que aderiu à candidatura petista no segundo, Gabriel Chalita, do PMDB, analisa o principal rival e membro de seu ex-partido, o PSDB. Quarto colocado no primeiro turno com pouco mais de 13% dos votos válidos, Chalita comentou sobre o desempenho e o comportamento do tucano José Serra, que segundo ele "sai menor que entrou" da disputa na capital. O evento aconteceu no Hotel Intercontinental, no centro da cidade.
"A candidatura do Serra representa o Kassab, que, como o Serra, tem um estilo de fazer política. Kassab é um político muito esperto, conseguiu montar um partido (PSD) como ele montou, vai de um lado e vai do outro lado. E é um administrador que perdeu uma grande oportunidade de cuidar da cidade de São Paulo", afirmou o peemedebista. Para Chalita, Serra age da mesma maneira. "É o mesmo estilo. Serra fez campanha muito agressiva, de novo com a história de pegar um tema que não é referente à questão da cidade. Na eleição presidencial ele pegou o aborto, na eleição agora o kit-gay. Ele sai menor do que ele entrou".
O deputado federal ainda falou novamente em tom elogioso a respeito de Haddad, de quem é amigo pessoal há alguns anos. "Pude ver como a cidade mais rica da América Latina trata sua população de forma tão desumana. A mudança disso é o Haddad. O Serra é o que está aí. Ele começou, o Kassab continuou e eles não conseguiram usar esse orçamento fantástico, de R$ 42 bilhões do ano que vem, de um PIB que é de R$ 450 bilhões, e deixaram a maior parte de população hoje na miséria. São mais de 3 milhões de pessoas em favelas. O Haddad representa esse novo. Espero que seja eleito e, mais que isso, que seja um grande prefeito de São Paulo".
Chalita foi um dos primeiros políticos a chegar para o café da manhã petista, antes das 9h. Fernando Haddad chegou cerca de 40 minutos depois, acompanhado de seus familiares. Membros do PT como o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, e o senador Eduardo Suplicy também participam da reunião.
Após votar no colégio Sion, em Higienópolis, Chalita negou que o apoio oferecido ao petista Fernando Haddad tenha sido negociado em troca de um cargo, dizendo que o programa petista "incorporou" o seu, mas defendeu uma gestão técnica. "Se eu pudesse dar um conselho para o Haddad seria que escolha os melhores técnicos. Pessoas que têm capacidade de administrar. Na área pública é um monte de amiguinho", declarou
Fonte: Portal Terra / Dassler Marques Hermano Freitas / São Paulo
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