Segunda-feira, 25 de julho de 2016 - 06h30
247 - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que, se o Congresso não aprovar a proposta de criar um teto para os gastos públicos, o país terá escolhido uma opção preocupante e terá um preço a pagar, com aumento de impostos e juros mais altos por longo período, o que travará o crescimento.
"O Brasil terá feito uma opção que acho errada, grave, de não controlar a evolução da sua dívida pública, e pagará um preço por isto nos próximos anos", afirmou, em entrevista à “Folha de S. Paulo”. "Se não for aprovada, não haverá outra saída, porque nos próximos anos, para financiar este aumento das despesas públicas, só restará aumentar imposto", disse.
Meirelles também indicou ser contra um novo programa de refinanciamento de dívidas das empresas: "a tentativa de atender a todos é que levou à deterioração da situação fiscal e prejuízo de todos".
O ministro afirmou que cumprirá a meta de fechar o ano com deficit de R$ 170,5 bilhões, apesar da gastança do governo interino e da queda das receitas: "Quem viver verá", disse.
Questionado também sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff, afirmou que o fim da "incerteza" que ele alimenta permitirá uma "recuperação maior e mais rápida" da economia – leia aqui.
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