Quinta-feira, 29 de setembro de 2016 - 07h01
247 - Para a Polícia Federal, havia risco de o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega fugir do país entre setembro e outubro. Na semana passada, ele foi detido na 34° fase da Lava Jato enquanto acompanhava a mulher em tratamento contra o câncer em um hospital de São Paulo. Com a repercussão do caso, Mantega acabou liberado oito horas depois.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, investigadores da PF dizem ter identificado que Mantega, que nasceu na Itália e tem cidadania italiana, tinha passagem marcada para Paris acompanhado da mulher, para o dia seguinte da detenção, no dia 22 de setembro.
Depois da prisão, ele teria remarcado a viagem para 8 de outubro, com retorno para o dia 15 do mesmo mês.
"SÓRDIDA INVENCIONICE", DIZ DEFESA
A defesa de Guido Mantega nega que houvesse um passagem para o dia seguinte à operação, mas confirma que o ex-ministro e a esposa tinham planos de viajar para Paris em 8 de outubro. Segundo seu advogado, José Roberto Botochio, eles desistiram da viagem após o agravamento do estado de saúde de Eliane Berger.
O advogado negou ainda que Mantega tivesse planos de fugir do país e classificou as acusações de “uma sórdida invencionice”.
Ainda segundo a Folha, diante do que seria um plano de fuga de Mantega do país, a PF teria sugerido informalmente ao juiz Sergio Moro que apreendesse o passaporte do ex-ministro.
Até a tarde de terça (27), porém, não havia medidas cautelares que o impedissem de viajar para o exterior.
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