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Gente de Opinião

Aroldo Vasconcelos

PEQUENA NOTA SOBRE A CARNE FRACA


 

Francisco Aroldo, Economista.

Meus amigos e amigas leitores do jornal Gente de Opinião, a sexta-feira passada, dia 17 de março é um daqueles dias, como diz o diretor geral do Jornal Nacional, William Bonner, histórico.

Histórico e pouco responsável por parte desses meios de comunicação foi o  formato das reportagens alarmistas que tem um condão de prejudicar uns e enaltecer outros. Isso em se falando de mercado nervoso de commodities, especialmente com um figurão novo como o presidente eleito dos USA que não para de falar abobrinhas, arrepiando a todos nos quatro cantos do mundo.

Entenda melhor o que estou dizendo, o  setor de carnes (bovina, frango e suínos, principalmente) é um dos poucos onde a sociedade brasileira consegue ter liderança na arena global. São centenas de empresas que empregam mais de um milhão de pessoas diretamente e indiretamente, têm certificações internacionais sofisticadas difíceis de serem conseguidas, reputação global, compram produtos de milhares de produtores rurais que têm suas famílias dependentes destas empresas, e são responsáveis por mais de US$ 12 bilhões anuais em exportações de produtos feitos no Brasil para mais de 150 países, contribuindo para que sejamos um país comparativamente com oferta abundante e barata de carnes à nossa população.

Uma ação da polícia federal em dois ou três estados com o foco de cobrar seriedade de 10 ou 12 empresas e mais ou menos 50 ou 60 pessoas de comportamento duvidoso e que pertencem certamente ao lado negro da força é uma boa; mas dar um tom de tsunami na praia de Copacabana é outra coisa. Prisão aos que erraram em conduta e punição imediata, mas delongar e denegrir com matérias mal-acabadas um parque nacional de prosperidade, contruido em duas décadas de compromisso ético e muita seriedade, aí é jogar contra e procurar fazer gol para os times adversários no mercado mundial de alimentos.

Não podemos cometer o erro das generalizações que vem sendo feito desde o final de semana passada. É preciso antes de mais nada, respeitar uma das poucas coisas da nossa sociedade que o mundo admira. Torcer pelo fracasso destas empresas é torcer pelo fracasso do próprio Brasil.

A comercialização de carnes no mercado interno e externo são fundamentais para economia nacional. Esse fator coloca em cheque não só a credibilidade das unidades frigoríficas, mas todo o trabalho desenvolvido da porteira para dentro, uma vez que o crime desta proporção pode fechar mercados internacionais, e até diminuir os índices de consumo de carne.

É um momento de buscar imediatamente vincular a imagem do produtor rural, que investe em tecnologia e Boas Práticas Agropecuárias, para produzir alimentos é uma preocupação, que só não é maior que os danos conferidos aos consumidores da proteína animal, vencida e mascarada pelos frigoríficos, e à proporção de perdas econômicas que isso poderá gerar para a nação brasileira.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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