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Francisco Matias

O JANTAR DO CONDOR. O ALMOÇO DA ABRIL. O HOSPITAL DO AMOR - Por Francisco Matias


 O JANTAR DO CONDOR. O ALMOÇO DA ABRIL.  O HOSPITAL DO AMOR - Por Francisco Matias - Gente de Opinião

 Governador Confúcio Aires Moura, do estado de Rondônia
 

1.Novembro passou e dezembro entrou. O ano caminha para o seu final. Mas existe o risco de novembro não ter passado ainda, em razão dos acontecimentos políticos noticiados e esquecidos soterrados por outros acontecimentos que precisam ser noticiados. Em novembro, dos vários fatos políticos, três merecem melhor análise e os três envolvem o governador Confúcio Moura e as eleições do ano que vem. O primeiro foi chamado pelo decano jornalista Osmar Silva de “O Jantar do Condor” e tem a ver com a sucessão do governador. Político matreiro, malandro, raposa felpuda e silenciosa, Confúcio Moura jamais tornou público, mas esquentava em fogo brando um nome que apoiaria como seu sucessor. Não sem pesquisa. Ele tem nas mãos uma pesquisa que informa que 32% da população seguiriam o seu voto no caso de ele indicar um nome para sua sucessão. É o que se pode chamar de GRANDE ELEITOR. Confúcio Moura, conforme os números dessa pesquisa teria força para elevar qualquer nome do zero a um terço dos votos em uma palavra. E esse nome seria o do atual secretário Wagner, da SEFIN.

2.Mas em outra vertente, o PMDB, partido ao qual o governador é filiado e um dos próceres, foi buscar no presidente da Assembleia Legislativa, deputado Maurão de Carvalho, seu pré-candidato a governador, isolando o chefe da SEFIN. Não deu outra. O governador precisava tomar uma decisão antes que a coisa ficasse complicada. E deu-se o “Jantar do Condor” na primeira semana de novembro. Filés e petiscos, suco de cupuaçu e doces vários, Confúcio Moura sapecou seu prestígio como sobremesa especial e declarou que seu candidato seria o presidente da Assembleia, Maurão de Carvalho. Rifou o secretário Wagner ao somar-se ao senador Valdir Raupp na escolha da candidatura do PMDB ao governo.    

3.A segunda semana de novembro trouxe uma novidade que já corria à boca miúda nos corredores do Palácio Rio Madeira e descia a outros setores da sociedade. Nem tão novidade assim, mas de todo modo, uma novidade regada a pirarucu Rondon, açaí com tapioca e convivas de alto nível. Estavam presentes ao sabor da culinária regional, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi e ninguém menos que o dono da revista VEJA, Ricardo Civita. O que fazia o editorialista da maior revista semanal do Brasil em visita a Rondônia, exultando-se no salão nobre do Palácio, dando largas garfadas no nosso pirarucu Rondon? Buemba. Buemba. Confúcio Moura poderia ser lançado candidato a presidente da República, pelo PMDB, no vazio imenso de bons nomes e bons governadores desse país de meu Deus. Quem sabe o governador apareça nas páginas amarelas da VEJA, disse um dos dirigentes peemedebistas.  

4. Na segunda quinzena de novembro, o presidente Michel Temer estava em Rondônia para, dentre outros atos, inaugurar o Hospital do Câncer de Barretos, na zona metropolitana Porto Velho-Candeias, chamado de Hospital do Amor. Discursos pra lá, sorrisos pra cá, e o deputado federal Lucio Mosquini abriu o verbo e lançou Confúcio Moura candidato a presidente da República. E foi acompanhado pelo presidente Temer, que ventilou a possibilidade. Em todos esses momentos, Confúcio Moura ainda não disse nem sim nem não. Sequer fala de sua provável candidatura ao Senado, com muitas chances de receber bons primeiros e segundos votos e ser o mais votado dos dois que serão eleitos. Confúcio Moura deixou vazar  que poderia não ser candidato a nada e ficar até o dia 31 de dezembro de 2018, o que frustraria todas as expectativas e afetaria o vice-governador Daniel Pereira.

5.Ao fim e ao cabo dessa análise ficam algumas dúvidas. Para qual lado irá pender o melhor governador do Brasil? Qual será o rumo que o político matreiro irá tomar a partir do ano que vem? Será candidato a Senador, com muitas chances de vencer? Será candidato a presidente onde poderá surgir como o Novo e a Novidade? Não será candidato? 
 

*Historiador. Analista político. Do Instituto Histórico e Geográfico de Rondônia. Da Academia Rondoniense de Letras, ARL. Da Sociedade Brasileira de Escritores.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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