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Gente de Opinião

Hiram Reis e Silva

Lição de 'Los Hermanos'



Hiram Reis e Silva, Bagé, RS, 14 de fevereiro de 2016.

Esse aumento de impostos pode resultar na demissão de 450 mil pessoas. Não temos mais como absorver tanto imposto e aumento de custos.
(Presidente Nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Paulo Solmucci)

Nossos “geniais” economistas e gestores da administração pública, desde o Império, só conseguem apresentar uma solução para combater as crises econômicas que sistematicamente se abatem sobre nossa pobre Nação ‒ aumento de impostos. Apesar de pagarmos impostos escorchantes, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) afirma que Brasil ocupa, há anos, a última colocação no “ranking” mundial que mede o retorno dos serviços públicos em relação ao que o contribuinte paga em impostos.

Nossos alienados mandatários teimam em não reconhecer que o aumento de impostos corrói os salários dos cidadãos mais carentes, dos trabalhadores em geral e, em especial, da classe média beneficiando apenas, como era de se esperar, os segmentos mais abastados da sociedade brasileira. Para que o Brasil volte a crescer é preciso diminuir os impostos, investir na construção civil, gerando milhares de empregos, melhorar a qualidade da educação, da saúde e da infraestrutura urbana e rural.

Neal Deal

Franklin Dellano Roosevelt quando foi eleito Presidente dos EUA, em 1932, em plena Grande Depressão, estabeleceu como prioridade de seu governo retirar da miséria a grande massa afetada pela quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, implantando diversas frentes de trabalho em obras de infraestrutura. Milhões de trabalhadores, antes desempregados, passaram a perceber renda e a participar do mercado como consumidores, levando as indústrias a produzir mais e gerar novos postos de trabalho. O sucesso do Programa “Neal Deal” levou os EUA a se tornar a maior potência mundial em poucos anos.

Los Hermanos

Parte dessa vocação do Presidente Macri de integrar-se ao mundo através do diálogo é dizendo a verdade. UM PAÍS QUE DURANTE ANOS MENTIU ATRAVÉS DE SUAS ESTATÍSTICAS NÃO É UM PAÍS EM QUE SE ACREDITA, E ISSO É O QUE ESTAMOS MUDANDO."

(Ministro da Fazenda Argentino Alfonso Prat-Gay)

Os produtores argentinos, no governo da idiotizada Cristina Kirchner, tinham retido cerca de US$ 10 bilhões em grãos em sinal de protesto contra os impostos sobre a exportação. As exportações dispararam desde que o Presidente Mauricio Macri, um empresário e engenheiro civil bem sucedido, eliminou grande parte dos impostos sobre as safras e extinguiu o controle cambial provocando uma enorme desvalorização do peso e praticamente acabando com o mercado paralelo da moeda.

Afastei-me, temporariamente, de minhas aquáticas crônicas depois de receber um interessante e oportuno e-mail do Almir Cavasotti, um dileto colega de turma, intitulado “Nunca Pensei que Teria Inveja da Argentina!!!”, que repasso:

Em somente dois meses na presidência da Argentina, Maurício Macri retirou todas as restrições de importações, zerou o imposto de exportação de trigo, milho e carne, e reduziu o da soja, automóveis e motos. Mesmo assim, a arrecadação aumentou.

Denunciou o acordo com o Irã, expulsou médicos cubanos sob a justificativa de que não financiaria ditaduras enganando a população com uma pseudo assistência médica. Demitiu 19 mil comissionados, desmontou a “Ley de Medios” e anunciou que vai pagar todas as dívidas dos importadores argentinos, no total de US$ 5 bilhões, 80% delas com exportadores brasileiros.

Na semana passada, ainda quitou US$ 2,3 bilhões com credores italianos e conseguiu deságio de 30% para pagar a parcela restante de US$ 9 bi com fundos “abutres”. A Argentina voltou ao mercado mundial de capitais, depois de 10 anos de kirchnerismo, em que foi a leprosa do mundo.

Há duas semanas, investidores internacionais fizeram fila em Davos para falar com ele.

Enquanto isso, no Brasil, o Congresso parado sob o comando de dois denunciados e a presidente, sustentada por um partido esfacelado pela contradição e pela corrupção, reafirma sua incompetência, arrogância e impopularidade para fazer as reformas necessárias.

Mais uma vez se confirma a tese de que governos são resultado da qualidade e da visão estratégica de seus governantes.

Fonte:

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;

Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)

Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);

Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);

Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM - RS);

Sócio Correspondente da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER)

Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS);

Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).

E-mail: [email protected];

Blog: desafiandooriomar.blogspot.com.br

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