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Política - Nacional

Julgamento no hospício


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É imprevisível o que vai acontecer daqui pra frente.

   Na tentativa de bancar o bombeiro, Renan Calheiros incendiou o plenário do Senado, por volta das 11 da manhã e a sessão de hoje do impeachment foi suspensa por um mais pálido do que de costume Ricardo Lewandowski.

   E um impassível Luis Gonzaga Belluzzo esperando a sua vez de assumir o papel de testemunha de defesa da presidente Dilma.

   Por ora, até às 13 horas. Mas nunca se sabe, do jeito que as coisas ficaram.

   Renan, que ontem ficou sentado quietinho ao lado de Lewandowski que preside o julgamento do impeachment desceu ao plenário para passar um pito nos senadores depois de o senador Ronaldo Caiado insistir nas acusações que já tinha feito ontem ao petista Lindbergh Farias, quando pediu antidoping nele e se queixando das repetidas questões de ordem que não permitiam que os trabalhos avançassem.

   Mas, à medida em que falava, em vez de apaziguar os ânimos, que era o que possivelmente pretendia, começou a subir o tom.

   Disse que aos olhos do mundo tudo aquilo estava parecendo um “julgamento no hospício”,  pediu desculpas a Lewandowski, a Belluzzo e aos senadores, advertiu que a sessão em que a presidente Dilma falaria, marcada para segunda-feira poderia ser adiada, para logo atalhar que aquelas atitudes revelavam uma “burrice infinita”.

   Mas o pior veio depois. Momentaneamente esquecido de que ele e Romero Jucá, que por coincidência estava o seu lado, foram delatados várias vezes e respondem a processos na Lava Jato por corrupção e de que Rodrigo Janot pediu, recentemente sua prisão, Renan classificou de “absurdo” a senadora Gleisi Hoffmann ter afirmado ontem que “o senado não tinha moral para julgar a presidente Dilma”, pois ele próprio teria ajudado a tirar da cadeia o seu marido, Paulo Bernardo.

   Aí a cena degringolou. Gleisi reagiu aos gritos de “é mentira”, Lindbergh acusou Renan de “baixaria” e o presidente do Senado foi literalmente cercado pelos senadores pró-Dilma revoltados com sua intervenção.

   Lewandowski suspendeu a sessão por cinco minutos, a transmissão da TV Senado foi cortada, mas não houve condições de restabelecer o clima de harmonia que deve prevalecer entre os senadores. Enquanto eram exibidas imagens em video-tape o gerador de caracteres informou, no rodapé da tela, que a sessão seria retomada à 1 da tarde.

   A conferir. 

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